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diário :: Novembro 2003
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2 de Novembro, domingo
O fim de semana foi muito calmo passado a tratar da roupa e a fazer ponto cruz.
O Pedro pendurou finalmente as cordas de roupa na varanda o que quer dizer que já não preciso de contar com o bom tempo.

E comecei a fazer uma casinha de bonecas em ponto cruz. Infelizmente a linha de contorno acabou e vou ter que comprar mais.

Folheava a Máxima e comecei a ler a crítica ao novo disco da Dido quando aquilo me pareceu estranhamente familiar. Lembrei-me que já tinha lido aquilo no site da Amazon inglesa e fui verificar. Não é palavra por palavra mas anda muito perto. É mais tipo 'tradução e adptação'. É possível que o texto tenha sido fornecido pela propria editora e assim faz sentido que apareça em mais do que um local mas ao mesmo tempo não posso deixar de pensar que hoje em dia os jornalistas têm a vida muito facilitada - baste ir a qualquer site de internet e têm o trabalho feito. Para quê esforçar-se mais?
Porque sabemos perfeitamente que este não é o único exemplo. Isto acontece com cada vez mais frequência.
Só para verem as semelhanças aqui vão os dois textos:

Texto da Amazon.co.uk:
'Life for Rent was always going to be a tough prospect for Dido--how to follow up the multi-million selling No Angel? On initial inspection, it sounds like she's decided to stick to the safe option--if it ain't broke, don't fix it. So, it's business as usual with down-tempo beats, lush orchestrations, the odd bit of acoustic guitar and her distinctive voice as the cherry on top. However, a closer examination of the lyrics shows that the sweet happy English Rose has a much darker side to her--the joyous revelations of tracks such as "Thank You" on her debut album have been replaced by the sound of her heart breaking. Dido writes from the heart, sharing her personal life with her audience, so Life for Rent tells the tales of her life away from the recording studio, in particular her public break up with her long-term boyfriend and all the apparent mess that ensued. With tales of rows ("Stoned"), confusion following an ended love affair ("White Flag") and her inability to settle down ("Life for Rent"), it's insecurities, self doubt and despair all around. There is hope, with one of the album's musical highlights "Sand in My Shoes", which sees her going off on holiday and embarking on a holiday romance--halfway between Club 18-30 and Shirley Valentine. It's impossible not to think of Bridget Jones when listening to the album, and this, in the first instance, is the audience for whom this album will reach out and touch' - Melanie Wilkin

Texto da Máxima:
'Depois do impressionante sucesso de No Angel, é natural que qualquer trabalho de Dido seja aguardado com a maior expectativa. Após as primeiras audições, percebe-se que a menina não quis inovar e preferiu continuar no mesmo rumo, com temas calmos, orquestrações suaves, guitarra acústica e a sua voz poderosa a marcar o ritmo. O que surpreende é o tom dorido e pessoal dos seus temas. Aliás, Life for Rent parece ilustrar essa realidade. Quem gostou do primeiro disco não ficará desapontado.' - autor não referido
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3 de Novembro, segunda
Dormi mal. Tenho andado a deitar-me tarde e depois acordo muito cedo, sobressaltada. Como estou cansada deixo-me ficar mas vou acordado, de repente, de cinco em cinco minutos. Como temos o relógio projectado no tecto dá mesmo para controlar o tempo entre aberturas de olhos não requisitadas.
Acabo por me levantar ainda mais cansada mas não vale a pena continuar na cama. Depois sento-me ao computador, vejo o mail que raramente tem alguma coisa de novo e fico sem perceber bem o que é que me fez ter aquela sensação de que me estava a esquecer de qualquer coisa.

Sonhei que estava a conduzir um carro sem travões. Já não é a primeira vez que tenho este sonho. É recorrente cada vez que sinto que perdi o controlo da situação. Mas desta vez foi diferente. Era mais como ir num carro com piloto automático. Não estava com medo de bater em nada, simplesmente não estava nas minhas mãos alterar o percurso ou parar o carro. Estou, portanto, um bocado à deriva. Por um lado isso causa-me um certo pânico mas por outro penso que sou capaz de acabar por fazer coisas que de outra forma nunca me lembraria de fazer. Se ao menos consguisse descobrir o quê, ficava feliz.
Mas pelo menos ando a fazer o esforço de normalidade - visto-me de manhã, bebo o meu iogurte líquido, vejo o mail, se não tenho a paginação para fazer trabalho nos meus sites, vou tentando manter as coisas o mais na mesma possíveis para não me arriscar a passar os dias de pijama a ver televisão. Não que tenha assim tanto tempo livre como isso, mas podia correr o risco de cair por aí.

E para terminar, parabéns ao Paco :)
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4 de Novembro, terça
De manhã liguei para uma gráfica a pedir um orçamento para o trabalho do ISCTE e passei o resto do dia a paginar mais dois capítulos. Terminei por volta das quatro e meia.

Depois estive a actualizar os fansites e à noite fiz mais um bocadinho da casa de bonecas em ponto cruz.
Desde que entrei naquela loja de casas de bonecas em Covent Garden que tenho andado um bocado obcecada. Sempre gostei de miniaturas e a Carla tem uma casa giríssima, mas quando vi aquela quantidade enorme de coisas, a variedade e, sobretudo, a qualidade dos acabamentos, fiquei rendida.

Quando cheguei procurei o site da loja mas não tem grande pormenor. Dá para encomendar o catálogo mas ainda é caro. E entretanto encontrei outro site com catálogo gratuito, que chegou hoje.
Penso que a nível de acabamento do mobiliário não é tão cuidado - o outro tem mesmo moveis lacados, etc - mas as casas são muito giras e os objectos são bastante mais baratos mas continuam a ter uma variedade enorme. É pena não poder encomendar nada por enquanto, mas acho que descobri o meu futuro hobby :)
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5 de Novembro, quarta
Tive um dia algo stressante. Começou logo de manhã com um mail sobre um possível trabalho. Nada de permanente mas é melhor do que ficar aqui sem fazer nada (se bem que ainda estou para saber o que é exactamente não fazer nada)
O meu problema é o do costume: trabalhei 4 anos seguidos com contrato e se me inscrevo como trabalhador independente agora perco o direito ao desemprego. Por outro lado, o subsídio de desemprego é um mito uma vez que, se tiver sorte começo a receber ao fim de 3 MESES e nalguns casos só ao fim de 6 meses ou mais. Chamam eles a isto segurança social. Como é que uma pessoa sobrevive enquanto eles andam a tratar da burocracia? Se eu não tivesse uma poupança a contar com estas coisas não sei...
Por isso, tenho um dilema - ou espero até arranjar um emprego com contrato, o que pode nunca mais acontecer e a contar com um subsídio, para o qual andei a descontar mas que é aparentemente inexistente, para equilibrar as coisas, ou começo a trabalhar a recibos verdes sabendo que vou ter de arranjar maneira de aguentar os meses em que não aparece nada.

De tarde tive uma reunião com a minha tia por causa da paginação que tenho andado a fazer para ela. Tem havido algum problema de decisão no que diz respeito ao método de impressão e ao número de cores a utilizar. Acabou por ficar decidido fazer uma versão a 4 cores só porque sim e uma versão a preto, o mais comprimida possível, para imprimir.

À noite fiz mais uns updates aos meus sites. Nunca mais tive paciência para pegar no portfolio quando sei perfeitamente que é isso que eu devia estar a fazer.
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6 de Novembro, quinta
Levantei-me tarde - já perto das onze - porque voltei a acordar cedo e depois adormecer por periodos de cinco minutos. É irritante.

Fui a Lisboa renovar o BI. Estava à espera que fosse um bocado seca mas foi num instante. Foi mesmo só preencher os papeis e entregar.
É possível que o facto de ser hora de almoço tenha contribuido para a rapidez mas não tenho a certeza.
De facto ainda fico espantado com o facto da loja do cidadão funcionar efectivamente. É daquelas coisas de que não se está à espera em Portugal mas que é efectivamente um passo na direcção certa. Os serviços são das coisas piores do país mas talvez seja só uma questão de ter paciência e dar tempo para que mude.

Almocei tarde, já quase às quatro e depois vim trabalhar um bocadinho. Mas como ainda não tenho os textos que faltam, não pude adiantar muito.

Depois estive a fazer umas alterações ao topo do site. Por qualquer razão parece ter deixado de ler as imagens. Acho que é capaz de ter relação com umas alterações que o meu irmão fez ao criar os novos domínios mas não é grave. Tive só que apontar as imagens para o domínio em vez de estarem simplesmente para o nome do ficheiro e agora já está a funcionar outra vez.
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7 de Novembro, sexta
Chegaram finalmente os últimos textos e passei o dia a fazer paginação.

À noite fomos jantar ao chinês mas estava cheio e acabámos por trazer comida para casa. O que quer dizer que pude finalmente usar a mesa e ter um jantar à luz das velas :)
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8 de Novembro, sábado
Hoje não fiz quase nada. Passei o dia a ver MTV e a fazer ponto cruz até às sete da tarde.

À noite fomos para Lisboa jantar a casa do Paco que fez anos na segunda feira.
A noite prolongou-se com conversa, como de costume, e só tive pena de não chegar a ver o Miguel que já não vejo há montes de tempo.
A Catarina está enorme mas continua com a mesma cara. Tem ar de ser completamente indomável :)

Acabámos por voltar para casa já depois das duas da manhã. Eu estava cheia de sono. Acho que já não tenho idade para estas coisas.
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9 de Novembro, domingo
Fui ao cinema ver o Matrix Revolutions.
Custou-me imenso a sair da cama. Não gosto de me deitar tarde. Dormir é bom.
Eu o e Pedro chegámos ao Fórum dez minutos antes do meio dia e esperámos pelo meu irmão que chegou pouco depois. Entretanto recebi uma mensagem do Paulo a dizer que também ia ver o filme. Esperei mais um bocadinho e como eles não chegavam fomos comprar os bilhetes. A minha teoria é que quando se para de esperar as pessoas aparecem. Funciona sempre :)
Então conheci finalmente o Paulo e a Elsa. Já tocava mail e mensagens de ICQ com o Paulo há montes de tempo mas nunca nos tinhamos encontrado. Felizmente são as pessoas simpáticas que aparentavam ser e toda a gente se deu bem.

Quanto ao filme, gostei e não gostei. Gostei das cenas de luta, dos efeitos (especialmente da luta final), etc, mas não gostei da temática religiosa que nem sequer está minimamente disfarçada. O Neo é um Jesus Christ todo poderoso que se sacrifica para salvar a humanidade. Ainda por cima veste-se à padre.
Acho que tinham uma boa ideia e depois não souberam bem o que fazer com ela, a nível de história.
A outra coisa que me irritou foi a americanização excessiva. A morte da Trinity é altamente lamechas, o por do sol no final do filme é super piroso, a cena do rapaz a gritar 'the war is over' é mesmo daquelas cenas foleironas que os americanos adoram por nos filmes. Acho excessivo e inútil. Não era necessário cair no sentimentalismo barato.
Para além disso, tem alguns buracos graves na história. No segundo filmes não queriam deixar nenhuma nave sair porque precisavam de todas e agora, naquela batalha gigantesca em que aparentemente rebentar com as naves neutraliza as máquinas não se vê uma única. O que é que lhes aconteceu?
Enfim. É mais um daqueles filmes de 'check your brain at the door and enjoy the fireworks'.
Esperava um pouco mais, that's all.

Depois do filme fomos almoçar à Portugália.

Ainda passámos no Jumbo antes de voltar a casa mas não comprámos nada - porque não havia o que o Pedro estava à procura.
Passei o resto da tarde a fazer ponto cruz e à noite estive a rever o Notting Hill, principalmente para ver as cenas filmadas na rua. É uma parte gira das viagens, poder comparar a memória com as cenas dos filmes.
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10 de Novembro, segunda
Mais um dia de trabalho intenso. Agora ando a passar a paginação para versões só a duas cores e só a preto.

Passei o dia um bocado nervosa mas não sei porquê. Se calhar é o nervosismo do Pedro que é contagioso.
Para contraiar isso fui buscar um CD do George Carlin. Funciona sempre. Tenho que arranjar mais. Acho que o tipo é fenomenal, apesar de altamente ofensivo.

À noite fiz mais um bocadinho de ponto cruz - acabei a cozinha da casa de bonecas. Vou agora começar o segundo piso.
E quando fui para a cama estive a folhear novamente o catálogo de casas de bonecas. O problema é mesmo serem tão horrivelmente caras. As mais básicas começam em cerca de 250 euros e depois vai por aí acima. Se for com papel de parede e outros revestimentos, iluminação, etc, acabam por custar quase tanto com uma a sério :P
Talvez um dia.
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11 de Novembro, terça
A paginação está novamente em stand-by e eu passei o dia a fazer coisinhas.
De manhã arrumei a casa e à tarde terminei o html do portfolio. Só que agora preciso de programação para aquilo, porque fazer um site daqueles estático não faz muito sentido, e tenho que decidir o que fazer.
Então virei-me para as músicas mas também não avancei muito. Está naquela fase intermédia em que precisava que o Pedro perdesse um bocado de tempo comigo a ver caso a caso. Sozinha não vou longe porque foi ele a última passoa a mexer naquilo e tenho de saber quais foram as alterações, quais é que estão terminadas no reason, etc.

Acabou por ser um bocado frustrante avançar um bocadinho em cada coisa mas no fundo não resolver nada. Detesto dias assim.

À noite estiveram cá os meus pais e conversámos um bocado.
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12 de Novembro, quarta
Hoje resolvi adiantar algum trabalho. Estive a fazer a tarefa chata de tratar gráficos de Excel para ficarem todos com o mesmo aspecto.
Mas não durou o dia todo. Por volta das quatro da tarde já estava farta e fui ler um bocado o livro da Ruth Rendell para ver se acabo aquilo.
O Pedro acha que eu devia largar aquele e começar outro mas eu não estou a detestar o livro, simplesmente não é o estilo que me anda a apetecer ultimamente e não me está a dar grande gozo. Tem coisas com piada - é tudo descrito do ponto de vista de uma criança que sempre viveu isolada, com todos os limites de conhecimentos que isso implica, mas é bastante previsível até agora e demasiado descritivo. Enfim, algum dia chegará ao fim.

À noite fui para a nossa salinha desabitada ver o Inspector Morse porque o Pedro estava na sala a ver futebol e a fazer mais um cartoon.
Acho óptimo o facto de ele estar a insistir com esta história do cartoon. É um hobby, terapia ocupacional e uma actividade criativa mas afastada do emprego e por isso com maiores liberdades. Espero que dure.
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13 de Novembro, quinta
Hoje voltei à paginação e terminei mais uma versão.

Por volta das duas fomos ao escritório mas não havia novidades.

Recebi finalmente o meu novo cartão de contribuinte - demoraram apenas 5 meses. O que é isso para um serviço público? Pelo menos demorou menos que o BI do meu irmão :)
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15 de Novembro, sábado
Fui com o Pedro ver o filme 'Love Actually'. Gostei imenso. Não só tem praticamente todos os actores ingleses que eu gosto como tem histórias relativamente simples e directas e nada da típica atitude moralista dos filmes americanos.
Aliás, os americanos detestaram o filme por duas razões: a primeira e mais óbvia é o discurso anti-americano feito pelo 1º ministro do filme. O actual primeiro ministro dos ingleses é o cãozinho do Bush, como já foi muito bem ilustrado num dos videos do George Michael, e no filme resolveram criar um primeiro ministro que começa com a mesma política mas acaba por mudar de ideias quando confrontado com um presidente americano que é um bocado uma mistura do 'womanizing' Clinton e do fascizoide Bush.
A segunda razão é a nudez. Uma das histórias, que eu achei muito gira mas que muitos americanos acharam que estava a mais (especialmente porque não tem nenhum dos actores mais conhecidos), foi excessiva para muita gente naquele país de falsos moralismos. Não consigo perceber porque é que a nudez é uma coisa tão nojenta para tanta gente.

A menina portuguesa é que é um bocado mazinha, como a maior parte dos actores portugueses. Há sempre uma grande falta de naturalidade. Mas quando não abria a boca até era expressiva, por isso acaba por escapar.
Os restantes extras portugas é que eram mesmo muito reles, apesar da irmã gorda altamente peixeira até ter uma certa piada porque acaba por ser exactamente aquilo que ainda se vê muito em bairros tipicamente lisboetas, por exemplo.
O Colin Firth a tentar falar português é hilariante mas acaba por conseguir mais naturalidade do que os portugueses que era suposto estarem à vontade com a língua.
Enfim, é mais um para a minha wishlist de DVDs :)

Depois do filme demos uma volta pelas lojas. Ia tendo um ataque na FNAC - normalmente corro aquilo tudo e não encontro nada de jeito. Hoje estavam lá montanhas de coisas que quero - a série do Sherlock Holmes, do Poirot, do Angel, etc. Tudo coisas relativamente caras, claro, o que me fez sentir ainda pior porque não pude comprar nada.

À noite fomos finalmente levar para a garagem os azulejos que me ocupavam a varanda desde que nos mudámos. Era uma seca ter aquilo ali, especialmente quando queria estender roupa. Estavam sempre no caminho. E na garagem não ocupam quase espaço nenhum.
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16 de Novembro, domingo
Levantei-me tarde. Estava uma ventania insuportável. Até tive receio que fechassem os barcos.
Às duas fui para Lisboa ter com a Carla. Infelizmente o Haagen Dazs estava fechado e tivemos que ir a outro lado. Fomos a uma casa de chá no bairro alto. Bebi um chazinho muito bom, de flores, e comi uma torrada.

A Carla viu as fotos de Londres e levei-lhe também o catálogo das casas de bonecas que ela adorou, claro.
Depois demos uma volta na Fnac. A Carla reservou o DVD do Sherlock Holmes como prenda de Natal para mim e para o Pedro e eu fiquei com umas ideias de prendas de Natal para ela. Depois voltei para casa porque o saco estava pesadíssimo, com o álbum e os DVDs que a Carla devolveu, e era uma seca andar com aquilo atrás.

Quando cheguei a Almada o vento continuava forte. De tal forma que, no parque de estacionamento de Cacilhas, um dos outdoors caiu em cima dos carros que tiveram o azar de estar estacionados por baixo. Ouch!

A noite foi passada confortavelmente no sofá a fazer ponto cruz e a rever o Circle do Eddie Izzard que continua a fazer-me rir quando menos estou à espera :)
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17 de Novembro, segunda
Terminei finalmente a versão a preto da paginação. E ainda consegui fazer as correcções ao texto da versão a cores.

À noite tomei um banhinho à luz das velas e depois fui comer qualquer coisa e ver o Eddie Izzard em francês.
Quando me fui deitar e começar a ler um livro do Tintin, lá estavam os vizinhos de cima com a tv super alta. Já perto da uma da manhã, como se o barulho não chegasse, a mulher desatou a gritar histericamente. Ter vizinhos é um nojo.
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18 de Novembro, terça
Comecei a tratar os gráficos da versão a cores da paginação mas não consegui acabar de manhã. Aliás, mal comecei.
Tive de parar para comer qualquer coisa antes da consulta de dentista às três.

Em princípio devo terminar o trabalho esta semana o que quer dizer que preciso de arranjar qualquer coisa para fazer a seguir.
Planos caseiros já tenho muitos - acabar de pintar a sala, pintar o tecto da casa de banho, montar a árvore de Natal, levar os gatos ao vet, etc. Mas preciso de tratar da minha situação profissional.

Entretanto estou um bocado aborrecida porque já percebi que a minha dieta está inteiramente relacionada com a minha ingestão de chocolate. Bastam dois dias sem chocolate para pesar menos 400 gramas. É frustrante.
Eu não tenho uma personalidade dada a comportamentos dependentes mas sou completamente viciada em chocolate. Quando consigo parar, ao fim de uns dias lixados a fazer desintoxicação através do método de comer tudo o que me aparece à frente como substituição, fica tudo bem. Mas quando há uma recaída é lixado de parar novamente.
É a única coisa que como compulsivamente e que 'chama por mim'. Ao resto sou mais ou menos indiferente. Tenho fases de certas coisas e depois passa. Até o Strawberry Cheesecake acabou por me começar a enjoar.

Ao fim do dia fomos às compras ao Pingo Doce - sim, é verdade, o chocolate tinha acabado :P
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21 de Novembro, sexta
Hoje era o dia de tratar de burocracias mas não tive sorte nenhuma. As únicas coisas da lista que consegui fazer foram depositar um cheque e comprar uma linha de ponto cruz que tinha acabado.
De resto, tenho que esperar por segunda feira - tentei ir à Junta de Freguesia mudar o cartão de eleitor mas estavam em greve.
Depois, como às vezes tenho ataques de estupidez, ainda tentei ir à Segurança Social, porque me enviaram uma carta a dizer que faltava um papel no meu processo, mas, obviamente, também estavam em greve. Mais uma greve a calhar espantosamente a uma sexta feira. Porque será? Suponho que a resposta obvia é que se não lhes vão pagar de qualquer forma, pelo menos têm direito a um fim de semana prolongado.
À noite fomos às compras e aproveitei para ir ao Toys'r'us ver quanto custa a casa de bonecas que eles têm lá e se a escala dava para as mobílias da dollshouse.com e dá. Não é barata mas custa muito menos do que as do catálogo e dá para começar.
Depois já posso encomendar o resto pelo site. Tenho que começar a poupar dinheiro :)

Também comprámos finalmente os candeeiros que faltavam - para as duas casas de banho e o quarto mais pequeno (onde só vamos para ir buscar cds ou quando dá um jogo de futebol e o inspector Morse ao mesmo tempo). Agora que os dias estão mais escuros já fazia confusão não ter luz em duas divisões da casa.
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22 de Novembro, sábado
Hoje foi um dia estranho. Eu e o Pedro acordámos tarde e passámos o dia a montar candeeiros. O Pedro em cima do escadote a fazer furos no tecto enquanto eu descarnava fios e tentava impedir o Jones de comer o esferovite que protegia os candeeiros. Quando finalmente acabámos, por volta das cinco da tarde, estavamos cheios de dores de costas e a morrer de fome - o Pedro não acredita em intervalos.

Pouco depois saímos para Benfica, onde fomos ao aniversário da Bela. O apagar das velas foi só à meia noite e só chegámos a casa perto das duas. O Pedro ainda foi fazer o cartoon, por isso a noite foi longa.
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23 de Novembro, domingo
Voltei a levantar-me tarde, mas desta vez tinha uma certa razão devido à hora a que me deitei ontem.
O dia foi pouco produtivo e ainda tive uma surpresa desagradável - apanhei os fungos dos gatos. Não é grave mas como não sei ainda se posso tomar os comprimidos pode demorar mais tempo a passar.

Acabámos finalmente as listas de prendas de Natal. Aminha está permanentemente feita, foi sóp tirar coisas que já sei que não se encontra, mas o Pedro demora uma eternidade. E já comecei a comprar umas coisinhas mas falta o grosso das compras - para a família do Pedro - que não posso fazer sozinha. É claro que este ano não posso gastar muito dinheiro, o que complica um pouco as coisas, mas que se lixe.
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24 de Novembro, segunda
Fui finalmente mudar o recenseamento para a freguesia de Cacilhas. É fácil mas precisava de ter o Bilhete de Identidade actualizado. Ou seja, para mudar a freguesia de residência no BI acreditam na nossa palavra mas na Junta de Freguesia não - precisam do BI para confirmar. Algumas destas regras confundem-me. É como aqueles filmes que não fazem sentido. Para lidar com os serviços públicos é preciso deixar o cérebro à porta.

Fui também tirar a senha na Segurança Social. Ao meio dia tirei o número 328 com horário previsto de atendimento às três da tarde. É fabuloso.
Voltei para casa onde passei o tempo a ler as últimas tiras do Life is Simple.
Depois pintei as unhas e almocei antes de voltar a ganhar coragem de enfrentar a confusão.

Depois de esperar mais hora e meia na SS (com uma sigla destas é natural que sejam especialistas em tortura) fui finalmente atendida pouco depois das 4 da tarde. É demasiado tempo de espera para uma coisa tão simples como entregar um papel.

Ainda passei novamente da Junta de Freguesia para tratar do cartão de eleitor do Pedro (faltava levar um papel assinado por ele). Foi num instante, o que é sempre bom.

A caminho de casa reparei num cartaz que está por todo o lado e que me irrita fenomenalmente - Rock in rio em Lisboa? Porquê? Que sentido é que isso faz? Se é em Lisboa não é 'in Rio'. Por esta lógica, já agora porque não Woodstock no Barreiro? Faz o mesmo sentido.

Ao fim do dia fomos dar uma volta a pé, para o Pedro sair de frente do ecran por um bocadinho. Acabámos a jantar no chinês.
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29 de Novembro, sábado
Passámos parte da tarde no escritório. A rua estava cortada, o que dificultou o estacionamento.
As pessoas de que estavamos à espera chegaram atrasados e depois ainda estivemos a transportar coisas para o carro, rua acima, à chuva.
Consigo imaginar formas muito mais agradáveis de passar uma tarde de sábado, mas enfim. Há coisas que têm de ser feitas.
Depois vinguei-me e enterrei-me no sofá a fazer ponto cruz e a ver Buffy. Já via as seéries todas duas ou três vezes e estou farta de esperar pela última. Por isso resolvi por a primeira série do Angel na minha Wishlist, especialmente agora que apareceu à venda na Fnac. Só que não acho piada nenhuma ao actor (já não gostava dele antes de ter a sua própria série) e não me estou a ver a gastar a enormidade que pedem por aquilo quando há o risco de não gostar. Mas não há dúvida que adoro tem seis DVDs para ver de seguida durante um fim de semana de ponto cruz. A minha vegetação tem sempre que ser em multi-tasking. Mas suponho que se calhar devia habituar-me a por música a tocar ou arranjar books-on-tape. Acabava por ver o mesmo :P
No outro dia fiz mais ou menos isso - puz a tocar um dos CDs do George Carlin. E quando isso acabou fui buscar os DVDs do Eddie Izzard. É hilariante mesmo sem olhar :)
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30 de Novembro, domingo
Fomos almoçar a casa da Marta e do João uma vez que a Marta faz hoje 27 anos. Parabéns Marta!

Apesar da sala ser grande, a quantidade de pessoas fez com que se criassem dois grupos cujos elementos iam rodando entre a sala e a cozinha. Acho que nestas casas é sempre assim :)
Conversei bastante com a Bela e a Luisa e o almoço estava óptimo. O Pedro estava, como sempre, babado com a tarte de leite condensado. Eu fiquei-me pelo ligeiramente menos calórico bolo de iogurte.
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