Acordámos às quatro e meia da manhã. Às seis estavamos prontos para sair. O taxi demorou cerca de meia hora a chegar ao aeroporto. Sair a esta hora teve a vantagem de não haver transito. Mais uma horinha ou duas e era a confusão geral.
Uma das malas teve de ir no porão devido ao peso mas a outra foi connosco. O avião levantou a horas, às oito e meia, e ficámos ao lado de uma das saídas de emergência. Foi um bocado desconfortável porque do lado da porta não havia apoio para o braço.
Tive de ir à casa de banho durante o voo, o que é sempre desconfortável, e, como coincidiu com a hora da refeição, já não tive direito a papinha. Também não fez grande diferença porque não estava com fome e a comida de avião é sempre um bocado duvidosa de qualquer forma.
Chegámos a horas mas ainda passámos um bocado às voltas por cima do aeroporto antes de nos deixarem aterrar.
Quando saímos finalmente da máquina voadora, pouco depois das onze, e depois de mais uma paragem na casa de banho do aeroporto - acho que a minha bexiga não gosta das variações de pressão - ainda andámos uma meia hora antes de chegarmos à zona de recolha de bagagem. A mala já lá estava, claro.
Durante essa interminavel viagem pelo aeroporto reparei numa personagem interessante - uma louraça de mini saia de cabedal com pelo menos 90 anos. É daquelas que vista de trás, ao longe, parece simplesmente mais uma loura platinada até uma pessoa se aproximar e reparar nas rugas. Eu tenho 30 anos e por vezes continuo a vestir-me como se tivesse 16 mas mesmo assim acho que devia haver um limite de idade para mostrar as pernas :P
Depois foi mais uma hora de metro até Russel Square, com a mala desconfortavelmente ao colo.
A primeira impressão foi logo em relação à temperatura - esteve sempre um vento gelado que fazia descer bastante a temperatura. Por outro lado o céu estava azul num dia em que era suposto chover. Quando saí da estação lembrei-me imediatamente do caminho. Ao fim de sete anos estava à espera de já não saber para que lado virar e de andar um bocado ali às voltas, mas não. Fomos direitinhos ao hotel. Fizemos o check-in e fomos para o quarto - 2241. O hotel foi levemente remodelado e na zona em que ficámos já tem os cartõezinhos magnéticos em vez das chaves gigantescas da outra vez.
Saimos e fomos dar uma volta. Acho que esgotámos as energias todas logo no primeiro dia. Descemos Southampton Row e virámos para New Oxford Street. Depois descemos Charing Cross Road e fomos almoçar a um Burger King no cruzamento com Shaftesbury Av.. Depois continuámos até Leicester Square onde fui localizar a agência que vende bilhetes para o Teatro. Continuámos até Piccadilly Circus. Por qualquer razão só me lembrava desta zona à noite, apesar de saber que estive lá durante o dia. Depois de dar umas voltinhas pelas lojas, subimos Regent Street e Andámos Oxford Street toda para trás para regressar ao hotel.
Por esta altura já era de noite e como tinhamos um mapa ranhoso que mostrava apenas as ruas principais, ainda andámos um bocado às voltas nas ruelas junto ao British Museum até conseguirmos chegar ao canto certo de Russel Square. Foi um bocado aborrecido, especialmente porque já estavamos muito cansados.
À noite, quando já estavamos no hotel, é que choveu um bocadinho.
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