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diário :: Janeiro 2003
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1 de Janeiro, quarta
Bom ano novo para toda a gente.

Fomos almoçar a casa dos meus pais mas levámos comida porque Perú não está na nossa lista de comestíveis.

À tarde estive a reiniciar o tapete de arraiolos e a ver filmes. Vi o Vanilla Sky, de que não gostei particularmente, apesar de ter algumas cenas com piada, mas o Tom Cruise já chateia.

À noite vi o Panic Room de que até gostei. Só que o jantar não me caiu particularmente bem e acabei a noite a vomitar. Que belo início de ano...
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2 de Janeiro, quinta
Dormi mal e acordei cheia de dores de estômago. Foi assim que passei o dia.
Mas como a Augusta apareceu e não me apeteceu passar a tarde a ouvir o ruído do aspirador, resolvi sair e ir procurar imobiliárias para começar à procura de casa.
Fomos a duas. Uma enviou-nos referências para vermos as fotos no site e escolhermos. A outra ficou de combinar para um destes sábados.
Depois disso o Pedro não quis ir a mais porque, em princípio já tinhamos as duas semanas seguintes preenchidas. Eu preferia ir a todo o lado, mas o senhor é que manda.
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3 de Janeiro, sexta
Continuo a sentir-me horrivelmente mal.
Mas mesmo assim, fomos ver a primeira casa. E era realmente interessante, mas com algumas grandes desvantagens. continua a ser uma casa antiga, apesar de inteiramente remodelada. Está com um aspecto impecável mas continua a não ter dispensa, continua a ser um terceiro andar sem elevador, numa zona de estacionamento impossível. A sala também não era muito grande mas o facto de ser um T4 compensava isso. O pior ainda é o preço. Estranhamente, para as imobiliárias, os euros não parecem existir, tendo sido informada que esta casa custa 31.500 contos. Basicamente os donos pediram 30 mil e a imobiliária cobra mais 1.500.

Depois as senhoras vieram ver o estado da nossa casa e não gostei particularmente da conversa. Eu sei que não é boa altura para vender a casa mas a conversa delas era um bocado derrotista demais. Especialmente porque eu tinha dito claramente que não queria por a casa à venda já porque falta pintar, etc, e elas é que insistiram.
Mas tudo bem. Ainda temos que ir a uma ou duas outras imobiliárias.
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4 de Janeiro, sábado
Hoje mudou de ácido no estômago para enjoo. Cada vez que tentava comer alguma coisa ficava enjoada. Nem uma porcaria de uma tangerina consegui comer de seguida.
Estou imensamente farta de me sentir mal.
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5 de Janeiro, domingo
Estou finalmente melhor do estômago. E, sentindo-me melhor, resolvi aproveitar o último dia de férias para arrumar a casa, deitar coisas fora e começar a luta contra a humidade.
Dá imenso gozo deitar coisas fora. Infelizmente só me posso livrar da minha tralha. A do Pedro tenho que esperar por um milagre.

À noite vi um episódio bastante longo do Jonathan Creek que deu na BBC. Bastante previsível, na verdade, o que é uma pena.
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6 de Janeiro, segunda
De volta ao trabalho. Foi logo de cabeça. Alterações ao que eu tinha feito antes das férias, um novo template de html, pedido para o site da Máquina ficar pronto este mês, imagens para tratar, contabilidade, por o email em dia. Enfim, foi um dia preenchido.

Para além disso, passei o tempo todo a ser interrompida. Á hora de almoço veio um construto ver o nosso telhado que tem efectivamente umas telhas partidas. E como isso não é suficientemente mau, os tipos que nos arranjaram o telhado há um ano deixaram o entulho todo debaixo das telhas em vez de o retirarem. E parece que instalaram efectivamente os algeroses novos mas não taparam os antigos. É sempre a mesma coisa. Ninguém faz nada bem.
Enfim. O senhor ficou de nos enviar um orçamento. Vamos lá ver quanto tempo é que isso vai demorar.

Depois às 6 e meia da tarde telefonou a senhora da Imobiliária a dizer que tinha um casal para vir ver a casa daí a uma hora.
Tive que andar a arrumar a casa à pressa.
É claro que eu não estava à espera que fosse à primeira mas a rapariga estava com um ar um bocado enjoado, tipo 'casa antiga, que horror'.
Suponho que o facto de termos um dos quartos pintado de vermelho não ajuda :)

Depois disto tudo, lembrei-me que ainda não tinha almoçado e fomos jantar ao chinês. Sei que não devia, devido ao estado recente do meu estômago mas estou um bocado farta de não comer.
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7 de Janeiro, segunda
Mais um dia super ocupado. Isto de regressar ao trabalho devagarinho é para os outros.
Estou a trabalhar em dois sites, a tentar terminar a contabilidade do trimestre e vão chegando imagens para tratar, para os intervalos.

A hora de almoço foi passada a arrumar a casa, porque era suposto termos uma visita hoje, mas afinal não apareceu ninguém.

Tenho de ir dar mais uma volta à casa para ver se consigo continuar a deitar um a dois sacos de lixo por dia. É incrível aquilo que se acumula por mera preguiça. Na verdade a preguiça de descer e voltar a subir 3 andares a pé para ir deitar as coisas fora :)
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8 de Janeiro, quarta
O dia foi paddado a trabalhar no site da Máquina.
A única excepção foi que a meio da manhã fomos ver um escritório, em Almada. Depois de acesa discussão entre os 3 sócios, acabaram por decidir que sim, vamos alugar o escritório. O contrato ficou marcado para amanhã.

Vou portanto, finalmente trabalhar perto de casa. Acabaram-se as despesas exorbitantes em gasolina, portagens e almoços que me levavam grande parte do salário.

À noite estive a lavar a marquise do quarto. Ando a lavar as janelas e as paredes, bocadinho a bocadinho, quando posso ao fim do dia. O pior é trabalhar numa varanda com este frio. Mas é preferível do que com o calor infernal dos nossos verões.
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9 de Janeiro, quinta
À hora de almoço fomos ver mais uma casa. Tinha 9 anos e era num sítio razoável mas os quartos, apesar de todos do mesmo tamanho, não eram grandes, tinha 3 corredores, o que considero um criminoso desperdício de espaço, a segunda casa de banho era deprimente, apesar da principal ser grande, e a sala era em L e, tal como o hall, tinha azulejos até meio da parede. A cozinha era suposto ter dispensa mas era treta - tinha apenas um armário, bastante mal feito, por sinal, no sítio da máquina da loiça. E eu preciso de sítio para duas máquinas.
Ou seja, estava nova, arranjadinha, mas no fundo não ganhava grande coisa a mudar para ali.

De tarde fui perder tempo. A sra da Imobiliária ligou a pedir os meus dados porque, sendo casada com o Pedro, tenho que constar no contrato de arrendamento do Escritório - porque ele ficou como fiador. E então fez-me ir perder tempo para a conservatória e afinal não precisava de assinar. Fui só perder umas horas.

Quando finalmente voltei, gravei trabalho para uma zip e fui tentar fazer uma impressão laser na única loja em Almada que aparenta fazer esse trabalho. Mas é só aparente. Voltei para trás pouco depois porque não conseguiam abrir a zip - que está boa.
Tenho que tentar novamente amanhã, com um CD.
É o que acontece quando não se tem concorrência. Se eu tivesse outra hipótese sem ter que ir para Lisboa, não voltava a por lá os pés.
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10 de Janeiro, sexta
Esta semana nunca mais acaba!

De manhã trabalhei na contabilidade, almocei cedo, fiz mais uns templates do site da Máquina e fui tentar novamente fazer uma impressão laser. Disseram-me para voltar às quatro. Tentei ir a outro sítio mas não faziam. Pelo caminho de volta passei na Gráfica Almadense para pedir orçamento para cartões. O Sr. não foi antipático mas não estava para perder muito tempo comigo.

O Pedro foi-me buscar a meio do caminho de volta para irmos ao escritório novo tirar os números dos contadores e outros pormenores do estilo. Descobrimos que a chave do correio não funciona.

Depois fui finalmente tratar da impressão e por uns carimbos a fazer.
Estou tão pouco habituada a pagar em cheque desde o Euro que ia pagando 50 mil em vez de 50. É o que acontece quando falam comigo enquanto estou a escrever. Entro em automático e sai o que sair.

Está um frio monumental e eu ando feita parva de um lado para o outro. E os serviços são tão maus que preciso de ir 3 vezes a um sítio para conseguir uma reles impressão.
Enfim. Pelo menos a semana está a chegar ao fim. Mas o fim de semana também não vai ser calmo, por isso não ganho grande coisa.
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11 de Janeiro, sábado
Logo de manhã fomos ver casas. Vimos quatro - uma de cinco mas era um primeiro andar a precisar de obras na casa de banho, outra razoável mas na Ramalha, que é um bocado dormitório e uma terceira de 4 com uns quartos minúsculos.
Utilizando a técnica típica das imobiliárias de deixar a melhor para o fim, fomos ver uma de 4 em Cacilhas. É igual à da Marta, por isso já conhecíamos a disposição. Gostámos pelo facto de estar toda arranjadinha, com obras feitas e por ser ali.
Para além disso era ligeiramente mais barata que as restantes.
Ou seja, ficámos logo a pensar - encontrámos a casa. É possível que tenha sido um pouco precipitado, especialmente porque ainda não vendemos a nossa, mas pronto.
Os pais do Pedro ficaram felizes por ser ali e ofereceram-se para ajudar, como sempre. Aliás, a Mila já nos tinha dito que aquela casa estava à venda. Só que sem saber o preço e sem ver o estado da casa é apenas mais uma e não tinhamos ligado muito.

Ao fim do dia a Sra da Imobiliária passou por cá para angariar a nossa casa e disse-nos que afinal o preço é 27.800 c em vez de 27.500 que foi a ideia com que nós ficámos. 27 era o ideal, aceitámos mais ou menos os 500 porque sabemos que é a margem da Imobiliária, mas 800 é um bocado demais. Já não fiquei tão convencida.

Fomos jantar ao La Traviata e conversar sobre isto tudo.
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12 de Janeiro, domingo
Foi um dia muito cansativo.
Acordei às seis da manhã, quando o Pedro se foi deitar - porque esteve a trabalhar a noite toda.
Estava ainda com muitas dúvidas em relação a comprar a casa. Porque no fundo não é muito maior que esta. Apenas a sala é maior. As outras áreas são iguais. É claro que tem outras vantagens, mas mesma assim estava a sentir que vai ser complicado ganhar espaço com a mudança. Por isso, digitalizei a planta da casa da Marta (uma vez que ela foi super simpática e a emprestou para nós tirarmos as dúvidas todas) e estive a decorar virtualmente a casa. Isto porque já tinha um ficheiro com os nossos móveis todos à escala e é só colocar no sítio. É como fazer com bocados de papel mas mais versátil por ser no computador.

Cheguei à conclusão que podemos colocar o escritório na sala mais pequena, desde que nos livremos de montes de tralha, mas continuo em stress.
Andei a fazer pesquisas online e encontrei casas de 5 pelo mesmo preço e outras de 4 mas com àreas maiores. O que me pareceu é que não estão arranjadas e lá teríamos nós de fazer obras. Ou seja, temos que escolher entre a área e o aspecto.

Decidimos mais ou menos ficar com a casa mas se descerem um bocadinho o preço. Porque a que vimos no Pragal era maior e mais barata. Só que tinha azulejos na parede, que não gostamos, mas isso também não é uma obra muito complicada. Enfim. Tem de ser conversado.

O resto do dia foi passado a pintar as varandas. Só parámos às oito da noite, exaustos e cheios de fome.
Fomos jantar ao chinês.
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13 de Janeiro, segunda
Logo de manhã liguei para a Sra da Imobiliária para discutir a história do preço. Ela acabou por ligar mais tarde a confirmar que baixaram um bocadinho. É o suficiente para dar para pagarmos as despesas com a escritura e essas coisas.
Porque, no fundo, para quem queria uma casa de cinco, aquela é um upgrade pequeno. É mais a nível de passar a ter despensa e elevador.
Como ainda por cima estamos praticamente a oferecer a nossa casa, uma vez que não vamos ganhar dinheiro nenhum com a venda, convém que a despesa com a nova não seja gigantesca. Já vamos ficar lisos de qualquer forma, por isso, quanto menor o estrago...

O trabalho da manhã consistiu grandemente em telefonemas para gráficas a pedir orçamentos.

Entretanto apareceu a vizinha de baixo a dizer que já chegou o orçamento do arranjo do telhado e que começam amanhã às oito da manhã. Vai custar acordar, especialmente ao Pedro que tem andado a trabalhar à noite.

Durante a tarde estive a trabalhar numa coisas para a Máquina. A meio da tarde vieram mais umas pessoas ver a casa. A compradora é uma rapariga que deve ter mais ou menos a nossa idade e que pareceu gostar da casa. Aproveitei para dizer que o preço era para baixar mas baixei um bocadinho de mais porque não incluí a margem da Imobiliária. Falta de jeito. Mas enfim. Ela ainda pediu uns dias para pensar nisso, portanto também não era seguro.

No meio disto tudo não almocei e às seis e meia tive de fazer uma interrupção para ir comer qualquer coisa.
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14 de Janeiro, terça
Mais um dia extraordinariamente confuso e ocupado.
Acordei às sete e quarenta porque era suposto virem uns homens arranjar o telhado às oito. Chegaram às dez.

Portanto foi barulho no telhado o dia todo.
Ainda durante a manhã veio uma senhora ver a casa. Ao meio dia e meia, mais duas.
Às duas regressaram os homens e chegou a Augusta.
Às quatro e meia veio uma senhora de outra Imobiliária fazer a angariação da casa.

No meio disto tudo ainda consegui avançar qualquer coisa nos dois projectos em que estou a trabalhar mas o Pedro, que tem muito mais trabalho, não conseguiu fazer aquilo que queria.
Isto está a ser muito complicado. E as obras no telhado continuam amanhã à tarde. Só que eu tenho dentista Às duas e vamos assinar o contrato da casa às cinco. Tenho a sensação que ainda vai dar confusão.
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15 de Janeiro, quarta
De manhã ligaram-nos a dizer que uma das senhoras que veio ver a casa está interessada.
Às duas e meia tive consulta de dentista, que se atrasou, como sempre.
O Pedro ficou em casa porque tivemos mais uma visita de um possível comprador mas que não ficou particularmente interessado.

Fui entregar os papéis da nossa casa à Imobiliária que aparentemente nos arranjou comprador mas fiquei a saber que não é bem assim. A senhora ofereceu menos 500 contos do que o preço estipulado pela Imobiliária e queriam que eu descesse. Mas não só acho que a percentagem delas está muito alta - 5%, enquanto a das outras imobiliárias é 4 - como nós já baixámos para o nosso limite. Menos será estar a perder dinheiro.
Ou seja, voltámos mais ou menos ao início.

O Pedro foi ter comigo para discutirmos tudo isto e depois fomos assinar o contrato de compra e venda. Correu tudo bem.
Depois da assinatura ainda ficámos lá a falar com a senhora do departamento jurídico, para resolver questões referentes ao empréstimo bancário.

Nem sei bem quando é que a confusão vai acabar...
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16 de Janeiro, quinta
De manhã fui ao banco tratar de coisas da casa e da empresa - é a vantagem de ter um contacto no banco que começou por nos tratar do empréstimo da casa e depois passou a gerente de conta da empresa.
À hora de almoço voltei a sair para comprar ração para os gatos.
Ao fim do dia fui levantar os carimbos da Máquina que já estavam prontos e o meu irmão passou por cá um pouco mais tarde para os vir buscar.
Mais um dia ocupado e com muita coisa fora de casa, o que ocupa sempre mais tempo do que seria desejável.
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17 de Janeiro, sexta
Às nove e meia da manhã estava no banco para iniciar o pedido de empréstimo. Fizeram-nos uma simulação equivalente às dos outros bancos (se lhes interessa manter os clientes têm de baixar um bocadinho as taxas porque são mais caros que os outros) e avançámos com o processo.
O Pedro foi para uma reunião e eu vim para casa trabalhar.
A Imobiliária que nos vendeu a casa marcou uma visita à nossa para uma senhora já com uma certa idade que estará eventualmente interessada em comprar a casa para remodelar.
Quando finalmente me consegui sentar para tomar o pequeno almoço, eram horas de almoçar. Fomos ao chinês.

Às 3 da tarde veio a senhora ver a casa e disse que sim mas queria apenas mostrar ao marido.
Fiquei com um pequeno dilema uma vez que já havia uma senhora interessada. Só que a outra imobiliária ainda não disse mais nada nem deu sinais de estar próxima de marcar o contrato. E sinceramente não gostei muito da maneira como funcionam. Pareceram-me muito pouco profissionais e estou com um certo receio de me meter com eles e sair lixada.

O meu pai ofereceu-se para ajudar na mudança do escritório por isso às 4 da tarde fomos para Setúbal desmontar tudo. Amanhã é só meter tudo na carrinha e levar.

Na última semana tenho andado a acordar cada vez mais cedo. E a deitar-me mais cedo também - às dez da noite já estou exausta. Não ando propriamente cheia de energia mas cheia de stress. Só que isso funciona como motor e as coisas ficam feitas. Mas não aguento muito mais tempo disto. Não tenho sequer tempo para comer e já perdi dois quilos. O que não seria maus se não fosse à custa de me arriscar a ficar doente.
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18 de Janeiro, sábado
Às nove da manhã estavamos em Setúbal. Mas infelizmente a carinha atrasou-se e só apareceu à uma. Por isso, carregámos o nosso carro e o do meu pai e viemos fazer a primeira parte da mudança. Trouxemos os computadores e grande parte das coisas pequenas e ficaram lá as mesas, cadeiras e armários.

Depois de levar tudo para o novo escritório eu fui para casa, uma vez que tinha que esperar pela nova visita à casa, às 3 e meia.
Arrumei tudo, fui às compras, deitei uns sacos de lixo fora e finalmente comi qualquer coisa.

As pessoas chegaram pontualmente. O marido da senhora tinha caido de manhã e estava com a cara toda magoada. Tem já uma certa idade e alguma dificuldade a andar. Mesmo assim subiu os 3 andares, viu a casa toda e concordou com a mulher. Marcámos o contrato para terça feira.

Fiquei agora com a tarefa ingrata de contactar a outra imobiliária. A senhora foi algo desagradável, apesar de não chegar abertamente ao insulto, mas, mais uma vez, penso que teve uma atitude pouco profissional. Uma pessoa que trabalha nesta àrea já devia saber como as coisas funcionam. É uma guerra para ver quem se despacha primeiro. E eu tive de escolher o comprador que me oferecia melhores garantias de terminar o processo sem surpresas desagradáveis.

Esteve a chover torrencialmente o dia todo e pude verificar que já não me chove na marquise do quarto, o que quer dizer que a obra do telhado ficou bem feita.

Amanhã, se tudo correr bem, terei um dia mais calmo.
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19 de Janeiro, domingo
Acordei cedíssimo, como de costume. Pus roupa a lavar e fui por silicone nova nos alumínios, para aproveitar o facto de não estar a chover.
Depois ainda deitei umas coisinhas fora mas de resto tentei descansar um bocado.
À tarde fui dar uma voltinha a pé, para aproveitar o bom tempo - frio e nada de chuva - e passei por casa do meu irmão. Fiquei lá um bocado a conversar e acabei por trazer uns filmes.

Às sete passei em casa dos meus pais para largar umas cassetes de vídeo que já não quero - estou a tentar livrar-me do máximo de coisas possíveis, mesmo que doa - e depois fui jantar com a família do Pedro. Os meus sogros fazem hoje 30 anos de casados. Parabéns!
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20 de Janeiro, segunda
Comecei o dia normalmente, a organizar a contabilidade.
Mas a esperança de começar a abrandar foi em vão.

A meio da manhã telefonou a sra da imobiliária a dizer que a futura compradora veio ontem falar com a vizinha de baixo e ficou com a ideia que o telhado estava todo estragado e que era só infiltrações por todo o lado, etc. Ou seja, ficou com a ideia que a estavamos a enganar.
Fui falar com a vizinha que me confirmou ter dito apenas aquilo que sabemos ser verdade - que o telhado foi arranjado, mas que não fez referência nenhuma a infiltrações. Porque sabe perfeitamente que não existem. Havia efectivamente uma pequena infiltração mas foi arranjada - facto que eu já tinha comunicado à senhora quando veio ver a casa.
Fomos então à Imobiliária explicar a situação, mas não consegui resistir a dizer que se a senhora não quiser a casa, que esteja à vontade. Porque possíveis compradores é o que não nos tem faltado. E estas tretas andam a atrasar todo o processo e já estou a ficar farta. Já tinha mais duas pessoas interessadas a quem disse que a casa estava vendida e agora vêm com isto? Não tenho paciência.
Mas pronto. Agora tenho de esperar ate às seis e meia para saber como é que ficou. Estou mesmo a ver que amanhã tenho de ligar para as outras imobiliárias e por a casa à venda novamente.

A tarde correu normalmente, com trabalho. Apesar de nunca ter conseguido parar de me sentir irritada.
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21 de Janeiro, terça
De manhã ligaram da Imobiliária a pedir para levarmos os recibos do arranjo do telhado porque a senhora não está convencida.
Às duas interrompi o trabalho e fui lá ter. Ainda tive que esperar meia hora até chegar toda a gente.

Apresentámos os documentos à senhora e depois de se discutir a situação toda fiquei com a sensação de que a nossa visinha pintou uma situação muito mais negra do que a realidade. O telhado foi reparado e está bom. Simplesmente tem 40 anos e pde vir a ser necessário substituir as telhas dentro de 5 anos. E a senhora nem sentiu que fosse um problema o facto de ter que fazer obras daqui a uns anos. Achava é que teria de fazer obras já e que estava tudo a cair, o que não é verdade, nem perto disso.
Enfim, controlámos os estragos e assinámos o contrato. Mas fiquei com a sensação que a nossa visinha nos odeia e fez tudo para nos estragar a venda da casa. Acho que é capaz de não ter gostado do facto da nossa compradora estar interessada em arrendar a casa. Deve pensar que ainda lhe calham uns inquilinos barulhents e não pode fazer nada.

Mas enfim, com estas coisas é sempre difícil saber quem disse o quê e se alguma coisa foi mal interpretada, por isso não quero ir por aí. O contrato está assinado e agora muito dificilmente alguém volta atrás.
Espero que, pelo menos, não mudem de ideias antes de depositar os cheques :)

Passámos no Pingo Doce para comprar comida de gato e regressámos a casa para retomar o trabalho.

Ainda estive a por um bocado de silicone nos alumínios da marquise da cozinha, mas acabou entretanto. Dava jeito ir comprar mais antes que chova novamente, mas não devo ter sorte nenhuma.
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22 de Janeiro, quarta
De manhã fui ao banco entregar os documentos que faltavam para o crédito e tratar de mais umas coisas. Ir ao banco é sempre uma seca e perde-se muito tempo. Por isso acabo por acumular uma série de coisas e depois ir fazer tudo de uma vez.

O Pedro foi tratar dos contratos de água, luz e telefone do novo escritório e eu regressei ao trabalho.

A meio da tarde fui para o novo escritório arrancar pregos e buchas das paredes e tapar buracos. Quando comecei a ficar sem luz fui tratar de arranjar a fechadura do correio e fazer cópias das chaves.
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28 de Janeiro, terça
Hoje começámos a pintar o escritório.
Eu pintei uma das colunas enquanto o Pedro montou as mesas e depois pintámos 3 das paredes, até acabar a tinta.
Ainda fiz mais algum trabalho quando cheguei mas foi pouco relevante comparativamente ao trabalho físico.
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29 de Janeiro, quarta
Montagem da Prosegur. Demorou uma eternidade e o tipo fumava que nem uma chaminé.
Pintei uma parede de azul.
Depois ainda fiquei a lavar o chão e à espera do senhorio que só chegou às seis mas que ficou muito feliz por ver que estamos mesmo a pintar e arranjar aquilo.
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31 de Janeiro, sexta
Hoje foi um dia muito ocupado. Fiz um bocadinho de tudo.
Logo de manhã comecei por organizar a contabilidade. Depois fui para o escritório porque o tipo da Prosegur voltou lá.
Arrumei grande parte do escritório - limpei o chão, coloquei os armários no sítio e tirei a maior parte das coisas das caixas.

De tarde estive de volta de uns orçamentos e de trabalho para a Máquina, imagens para tratar e alterações aos templates de pesquisa de outro site.

As sextas feiras são sempre assim.
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