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diário :: Maio 2003
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1 de Maio, quarta
Acabámos de desmontar a nossa casa e por tudo transportável para amanhã. Esta noite dormimos no chão.

Durante a tarde a família passou toda por lá para encher os carros.
Às seis fomos à Imobiliária buscar a chave. Ligámos a toda a gente e fomos descarregar coisas na casa nova.

Não sei exactamente quantas vezes subi e desci os 3 andares a carregar com sacos e outras coisas estranhas, mas fico feliz por ser o fim.
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2 de Maio, sexta
Dia da mudança. Finalmente!

O Pedro foi deixar os gatos na casa nova às oito, para estarem fora do caminho antes da confusão começar.
A empresa de mudanças chegou pontualmente às nove da manhã. Depois demoraram uma hora a montar o elevador exterior.
Mais 3 horas para levar tudo para baixo.
Durante esse tempo ficámos um bocado sem nada para fazer.
Por isso, a meio da manhã fui para a casa nova com a minha mãe, fazer umas limpezas e arrumar as primeiras coisas.

Entretanto parou tudo para almoço. Durante a tarde foi a entrega na casa nova. Demorou cerca de 3 horas e só duas coisas é que tiveram que subir pela escada - o estrado da cama e uma estante.

Entretanto esteve a família toda a lavar e arrumar coisas nos armários. Montaram-se alguns candeeiros e a peça de mobiliário indispensável - a cama.

Cheguei ao fim do dia de rastos. Não quero voltar a fazer isto tão cedo...

Mudámos de roupa e fomos jantar com toda a gente ao chinês.
Quando voltámos, vimos a primeira parte do season finale da Buffy.
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3 de Maio, sábado
Dormi que nem uma pedra.
As primeiras impressões são que viver num prédio com tanta gente é um bocado barulhento. Já não me lembrava, ams ouve-se tudo - as pessoas a falar, a televisão dos vizinhos, a agua a escorrer cada vez que alguém usa a casa de banho, o elevador.
Mas estava tão cansada que dormi lindamente.

Passei o dia a arrumar a casa nova. Colocar roupa nos roupeiros, mais loiça nos armários da cozinha, comida na dispensa, montar móveis - mesas da sala, estantes...
Mas não interessa quantas caixas se vazam e deitam fora. Um dos quartos continua cheio de coisas.
Deitei-me cedo, depois de mais um dia de arrasar. Acima de tudo doem-me os pés por passar estes dias todos em pé a andar de um lado para o outro. De resto até estou bem. Só cansada.

Os gatos adaptaram-se depressa à casa nova. Ainda não apanharam totalmente os padrões solares, mas de resto, parecem bem.
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4 de Maio, domingo
Fomos à nossa antiga casa buscar o resto das coisas - que ainda necessitou de duas viagens - e dar uma limpeza.
Depois voltámos para o caos a que agora chamamos casa, para continuar a tentar arrumar a confusão.
A roupa já está toda arrumadinha e penso que já não vou encontrar muito mais loiça. E comecei a colocar livros nas estantes.
Não está a andar mal.
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5 de Maio, segunda
Saímos de manhã para ir tratar do contrato da EDP, mas quando estavamos a entrar para o carro telefonou a Sra da Imobiliária a dizer que era preciso irmos ao registo civil pedir os nossos assentos de nascimento. Como nascemos em Lisboa foi preciso pedir com urgência, para serem enviados por fax ainda hoje. Pagámos uma obscenidade mas chegaram.
Gostava de saber é porque é que a conservatória só se lembrou disso hoje, o dia antes da escritura. Ou têm regras ou não têm. Não pode ser só porque hoje lhes apetece.

Quando finalmente chegámos à EDP, o sistema informático estava em baixo e não conseguimos fazer nada.

À noite fomos ao concerto dos Placebo. Foi giro, tirando uma coisa: mais uma manifestação do misguided nacionalismo ferrenho dos portugueses que se fartaram de assobiar o vocalista que fez a primeira parte só porque ele disse Gracias em vez de Obrigado. OK, ninguém gosta de ser considerado uma província espanhola, apesar de na prática até o sermos, uma vez que os espanhóis compraram já grande parte do país - que atire a primeira pedra quem nunca fez compras na Zara ou no Corte Ingles - mas eles já estavam a embirrar com a banda antes disso e os tipos até estavam bem enquadrados no estilo de música. Só porque não conhecem não é razão para embirrar antes sequer de ouvir. Até tinham umas músicas giras.
E quanto ao Gracias, serão estúpidos o suficiente para não perceber que a continuação do mesmo foi de propósito? Como disse o Brian Molko, have a fucking sense of humour.
Fiquei muito decepcionada com o display.
Quanto ao concerto em si, os tipos estavam cheios de energia. O som estava bom excepto num ponto - as guitarras não se ouviam muito bem, pelo menos do ponto onde eu estava. A voz, porém, ouvia-se extraordinariamente bem, especialmente porque o tipo passou o tempo a dizer para lhe subirem o volume do microfone :)

Quando voltámos para casa sofremos o tormento do estacionamento nesta zona. Não havia lugares de todo. Sair à noite assim vai ser complicado.
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6 de Maio, terça
Dia da escritura. Ainda arrumei umas coisas de manhã e por volta do meio dia fomos para Lisboa almoçar.
A escritura correu normalmente, com as assinaturas e troca de cheques.
Passámos na Fnac para comprar o novo album dos Goldfrapp. Tentámos pagar com multibanco mas não deu. Fui tirar um extracto: estamos com saldo negativo porque tiraram o dinheiro da casa antes de nos creditarem o empréstimo. Nice, isn't it?
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7 de Maio, quarta
De manhã ficámos ainda em casa porque vieram instalar cabo. Tenho finalmente televisão, internet e telefone. Mas mesmo assim não vinham instalar o telefone! Falha sempre qualquer coisa na comunicação com a Cabovisão. Não percebo se os telefonistas não sabem escrever ou o que é.

Também era suposto irem-nos entregar a nova máquina de lavar loiça mas deixaram-na cair e ficou amolgada, pelo que tenho que esperar que chegue outra. Mais uma semana a lavar loiça à mão. Também não é grave porque, como não temos gás, não podemos cozinhar grande coisa.

Enquanto ainda estavam para aqui a fazer buracos na parede, fui ao banco mudar a morada de correspondência e perguntar afinal quando é que a nossa conta normaliza. Pelos vistos ainda não é hoje.

Depois fui fazer o contrato da EDP. Esperei hora e meia porque há uma cambada de imbecis que vai lá pagar a conta em vez de ir ao multibanco ou fazer por transferência. Sinceramente não percebo algumas pessoas. Como é que alguém consegue esperar uma hora para pagar a luz quando tem tantas outras opções?
E os gajos da EDP, em vez de terem uma tesouraria à parte, têm tudo junto. E como fui quase à hora de almoço, só estavam dois tipos a atender. É tão típico. Mais valia fechar para almoço. Porque na prática é o que acontece.
Mas enfim, às duas e meia da tarde tinha o contrato feito e espero nunca mais ter que por lá os pés.

De tarde comecei a trabalhar e respondi a algum mail em atraso. Isto de estar quase duas semanas sem internet é uma seca.
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8 de Maio, quinta
De manhã o Pedro foi fazer o contrato do gás. Mas não pensem que é tão simples como isso!
Como o prédio tem gás canalizado, só podemos fazer contrato com a Esso. E como a Esso não tem representação em Almada é preciso ir a Lisboa, entre as 9 e a 1 da tarde (porque à tarde está fechado) fazer o contrato. Depois - e vejam o pormenor - entre as 6 e as 7 é preciso ligar para o Sr. Costa que marca um dia para vir cá ligar o contador. Como o Sr. Costa não tem pressa, marcou para a semana. Porque mais um fim de semana sem poder cozinhar ou tomar banho na minha propria casa não lhe faz confusão.
Depois é preciso tomar nota do que ele diz e pagar a alguém para fazer as alterações necessárias à nossa instalação de gás (que vai implicar abrir um buraco na parede e tudo). É preciso notar que a instalação que está agora foi feita pela Esso, mas entretanto deixou de servir. Depois é necessário contratar uma empresa privada de inspecções para virem cá a casa inspeccionar a instalação. Para tudo isto temos 15 dias ou voltam a desligar o gás. Lindo, não é? E eu que queria simplesmente mudar de casa.

De tarde fomos para o escritório. Tinha montes de papéis acumulados, por isso estive a organizar a contabilidade.
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9 de Maio, sexta
De volta ao trabalho em full-time. Dia dividido entre Singer e Serranofil. Nada muito pesado, para retomar o ritmo.

Recebi pelo correio uma surpresa muito agradável: dois livros assinados pelo Neil Gaiman enviados por um senhor muito simpático chamado Paulo que, quando soube que eu não podia ir ao BD Fórum, foi em meu nome.
Muito obrigada, Paulo :)
Agora tenho mesmo que ir acabar o segundo CD :)

A Augusta veio pela primeira vez limpar a casa nova. Dá-se logo pela diferença. Mas acho que um dia por semana já não vai chegar. A casa não é muito maior mas é o suficiente para fazer diferença. Já é preciso fazer escolhas entre limpar a cozinha ou o pó.

Às sete fomos fazer umas compras ao Pingo Doce e depois estive a arrumar mais um bocado do último quarto. Está quase.
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10 de Maio, sábado
Acordei às 6 da manhã e não consegui ficar mais tempo na cama. Vim escrever o diário. A Amarela instalou-se prontamente no colo.
Como ando super cansada deito-me cedo e vou acordando cada vez mais cedo. Isto tem que acabar. Sinto falta da minha rotina.

Depois do texto recente sobre o país, recebi o mail obrigatório que se pode resumir a 'ah, os jovens já não se lembram do 25 de Abril'.
Não o transcrevo para aqui porque era um testamento gigantesco com pretensões poéticas que não gostaria de infligir a ninguém. Para além disso, it missed the point.
Eu sei a diferença entre Portugal antes e depois do 25 de Abril. As pessoas já não têm medo de ser presas sem motivo e já não acham normal ter escutas no telefone. Já podem dizer mal do que quer que seja sem pensar sobre se estará alguém a ouvir. Mas eu não me refiro a nada disso. Eu falo do país ACTUAL.
O 25 de Abril foi à 30 anos!* Sim, o país estava 20 anos atrasado. OK. Mas será que alguém tem efectivamente a lata de me dizer que isto é o melhor que se podia fazer em 30 anos? É treta.
Não me falem do 25 de Abril. Todos os ricaços que fugiram no 25 de Abril estão de volta e continuam a controlar as empresas e a economia do país. E a dizer que antes do 25 de Abril é que era bom. E os ministros? Quantos ministros do governo fascista é que já tivemos de volta nos governos pós 25 de Abril? Será que ninguém repara?
Então e o Paulo Portas? É o fascista por excelencia. Não é mais do que um aspirante a Hitlerzinho que nem sequer foi eleito. Como é que me podem falar na importância do voto quando um gajo sem votos nenhuns pode simplesmente tornar-se ministro do governo eleito quando antes era da concorrencia? É a técnica da pulga. Pula-se para o primeiro cão que aparece.
Ou seja, o 25 de Abril não é chamado para a conversa.
O país é composto de pessoas e as pessoas do nosso país não fazem nada sem perguntar 'o que é que eu ganho com isso?' Palavras como civismo e termos como para o bem comum não pertencem ao vocabulário da maioria dos portugueses. É por isso que isto não anda. Não tem nada a ver com o facto de termos tido um governo fascista.
E será que eu sou melhor que os outros? Provavelmete não. Sou demasiado cínica para acreditar que uma pessoa pode mudar alguma coisa. Faço o que posso quando posso mas não ando à procura de causas. Simplesmente reservo o direito de observar e reclamar. E faço-o oficialmente. Se toda a gente apresentasse reclamações às empresas, por exemplo, quando um serviço funciona mal, é provavel que, devido ao volume das reclamações as coisas mudassem. As empresas, neste momento, não querem saber dos clientes para nada. A TVCabo é um excelente exemplo disso.
Quanto ao governo é que não há mesmo nada a fazer.

Voltei para a cama. Desabafar faz sempre bem :)

Às onze voltei a levantar-me e fui com o Pedro ver o X2. Gostei.
De todas as adaptações de comics esta parece-me sempre a mais bem conseguida. Tem uma temática universal - racismo - imensos personagens para explorar, e actores excelentes - especialmente os dois mais velhos.
O Spiderman, por exemplo, começa bem, com a exploração do personagem mas depois torna-se demasiado lamechas, o que estraga o filme. O Batman, apesar de ter uma imagem gira, enquanto feito pelo Tim Burton, nunca funcionou a nível dos argumentos. E o próprio personagem do Batman não tinha força nenhuma.
Enfim. Agora falta o Hulk, que tem a particularidade de ser realizado pelo Ang Lee. Pode ser que seja interessante.

Depois do filme demos uma voltinha e regressámos a casa. Arrumeir mais umas coisas. Acho que cheguei ao ponto em que o segundo quarto está quase usavel. A sua função é que é um pouco incerta.


* Se alguém se atreve a corrigir sobre como o 25 de Abril foi há 29 anos e não há 30, eu chateio-me a sério.
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11 de Maio, domingo
Hoje não fiz nada. Achei que tinha o direito de descansar um dia, depois da confusão que tem sido a última semana.
E está na altura de começar a perceber como é que me sinto na minha nova casa.
Estranhamente, sinto-me em casa. É muito funcional, não precisa de arranjos de maior e é suficientemente familiar para não precisar de adaptar-me ao traçado.
O único senão é mesmo a casa de banho - com a porta a abrir para o lado de dentro em vez de abrir para a parede, um degrau a meio e um vidro gigantesco na banheira, não é do mais funcional que há. Mas já consigo entrar sem acender a luz e sem tropeçar, o que não é mau.

Os vizinhos têm um gato, que passa o tempo a miar. O Jones já se tentou escapar umas quantas vezes para ir ver o que se passa. :)
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12 de Maio, segunda
Vieram finalmente instalar o gás.
Ainda é preciso fazer o resto, mas pelo menos durante 15 dias já posso tomar banho.
Já estava a considerar mudar para uma placa eléctrica e caldeira em vez de esquentador...

Tenho um novo trabalho para começar e continuo muito cansada mas a acordar anormalmente cedo. Preciso de férias :)

À noite tomei finalmente banho na minha casinha nova e vi mais uns episódios do Sex and the City.
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15 de Maio, quinta
Estiveram cá em casa as pessoas que nos vão fazer as obras do gás. Mas acharam que o melhor é mandar fazer uma inspecção para saberem exactamente o que é necessário alterar. Mas não parece bom. A conversa foi mais ou menos nas linhas de 'para fazer isto mesmo bem era preciso partir isto tudo'. Não gostei.

À noite fomos fazer umas compras. Comprámos comida e candeeiros.
E parece que não vamos ter máquina de lavar tão cedo. Duas semanas depois da data prevista da entrega dão-nos uma grande coversa sobre como a máquina não está sequer encomendada - têm o 'código bloqueado' e é preciso desbloquear e sei lá mais o quê. Que treta.
Quanto é que querem apostar que quando finalmente chegar - se chegar - não funciona?
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16 de Maio, sexta
Fomos para o escritório. Fiz uma maquete (ou melhor, refiz uma maquete. Já tinha feito um primeiro esboço de que não gostava e hoje recomecei).
Saímos um bocadinho mais cedo para chegar a tempo de ainda ir ao correio buscar a série 6 da Buffy. Como ainda só vimos as duas primeiras, isto vai ficar na prateleira durante uns tempos, mas antes cá em casa do que na estação dos correios :)
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17 de Maio, sábado
Dormimos até tarde.
Depois de vegetar um bocado e ver Sex and the City, eu fui lavar roupa e arrumar a casa e o Pedro foi montar candeeiros.
Os meus pais apareceram a meio da tarde e estiveram a ajudar. Já tenho candeeiro na cozinha e na varanda dos quartos.
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18 de Maio, domingo
O dia pode ser resumido a lavar roupa, pintar o cabelo e ver o Sex and the City.
Mas, claro, nada na vida é tão simples.

Resolvi experimentar fazer madeixas em casa. Só para me divertir. É claro que correu mal. O meu cabelo, quando aclarado, fica ruivo. Tenho sardas e aparentemente uns genes hiper fortes. Ou seja, mesmo com uma hora de descoloração, não consigo descolorar porra nenhuma.
Por isso tive que tapar o cabelinho com um lenço e ir ao pingo doce comprar o colorante de base para tapar. Funcionou mas agora estou com o cabelo bastante seco. O que nem sempre é mau (uso a coloração também como forma de controlar a oleosidade - um daqueles truques que ninguém nos ensina), mas desta vez foi um bocadinho demais. Tenho que comprar uma máscara para equilibrar isto antes de ficar com cabelo de palha.

À noite o Pedro foi ver futebol a casa dos pais e eu não resisti e comeceia ver o primeiro episódio da 6ª série da Buffy. Mas é muito para a frente, não tinha humor nenhum e a Willow estava quase em ponto de super herói, por isso senti-me muito fora do ambiente familiar e desisti.
Vou esperar mais uns tempos e ver por ordem. Pode ser que faça mais sentido.

Quando o Pedro chegou estava eu a fazer comida. Jantámos e vimos os restantes episódios da quarta série do Sex and the City.
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19 de Maio, segunda
Tive actualizações da Serranofil para fazer, que me ocuparam mais ou menos o dia todo.

De manhã tive finalmente um bocadinho para ir ao banco depositar um cheque que estava para aqui há uma eternidade.
Aproveitei também para passar na loja de móveis para perguntar o preço do sofá que quero e escolher a cor.
Não têm a cor que eu queria. Teria que ir comprar tecido da Designer's Guild e ficava-me, provavelmente, ao mesmo preço do sofá. Ainda não cheguei bem ao nível de fazer isso sem um peso na consciência.

Ao fim do dia voltei lá com o Pedro e acabámos por optar pelo cinzento. É pouco interessante, mas com a parede e umas almofadas verdes, fica com outro aspecto.
Agora tenho é que ganhar coragem para pintar a sala. Está a precisar porque não tem muita luz natural.

Depois de encomendar o sofá, fomos levar os gatos ao vet para as vacinas.
Foi uma aventura. Primeiro porque a Amarela tem um descontrolo urinário em elevadores.
E depois a Michelle queixou-se um bocado, as outras portaram-se bem mas o Jones fez uma fita infernal. Nunca o tinha visto assim. Estava completamente em pânico. Acabou por ser necessária alguma violência para lhe dar a injecção e o comprimido desparazitante ficou para lhe darmos em casa.

Vim a casa largar os gatos: Deixá-los em paz um bocado depois do vet é sempre boa ideia.

Fomos à Fnac comprar bilhetes para os Goldfrapp e ao Jumbo comprar caixas de transporte, porque transportar quatro gatos em duas caixas tem que acabar.

Ainda entrámos numa pet store para ver umas camas cobertas, que os bichos preferem, mas voltámos a sair muito rapidamente e muito enjoados.
Não suporto e não consigo apoiar lojas onde se vendem animais como se fossem objectos.
Não é como se fosse tão difícil arranjar um cão ou um gato que seja necessário mantê-los em gaiolas numa loja. Acho isso horrível. Especialmente porque os veterinários e abrigos têm sempre mais bichos para dar do que pessoas interessadas.
A culpa é daquelas pessoas que só querem cães e gatos 'de marca', como as roupinhas que usam. É mais um simbolo de status em vez de um ser amigável para companhia. Metem-me nojo, efectivamente.
Fui uma vez a uma exposição de animais, antes de saber como essas coisas são, e saí de lá a sentir-me muito mal. E vindo a saber depois como esses bichos são posteriormente vendidos quando já não servem para ganhar prémios e que sofrem, geralmente, de brutas depressões, não ajuda a aceitar pacificamente o princípio do processo que são as lojas de animais.
Também acho muito bonitas algumas raças de gatos e cães mas não trocava nada pelos rafeiros que tenho cá em casa.
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20 de Maio, terça
Esta tarde vem cá um tipo fazer a inspecção do gás. Vamos chumbar claro, mas a ideia é o tipo deixar uma lista do que precisa de ser alterado. Por 55 euro.
E sem garantia de que não nos cortam o gás entretanto.

Terminei mais uma alteração à Serranofil e agora tenho uma maquete para alterar mas não sei muito bem o que lhe fazer. As instruções do cliente foram do estilo 'gosto mas queria mais qualquer coisa'. O que dá montes de ideias, como se pode supor.

Estou nervosa. Não sei bem porquê. Não é por causa do gás, não é por causa de nada em especial. E já começou ontem. Estou a entrar na fase em que não me apetece sair de casa. E o pior é que isso é inteiramente possível, o que não ajuda a superar a crise.

O Jones ficou completamente traumatizado com a ida ao vet. Agora, cada vez que lhe pego, em vez de se virar e ficar à espera de festas, começa a gemer. Estragámos o gato.
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22 de Maio, quinta
Depois de um dia sem comentários no escritório, fui jantar com o meu irmão.
Já não falava com ele há imenso tempo.
Foi muito simpático e trouxe mais uma caixinha do Farscape.
Parece que já só há mais uma ou duas até ao final da série.

O Jones já não se queixa. Parece que o trauma do vet já lhe passou.
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23 de Maio, sexta
Hoje ficámos a trabalhar em casa. Esteve um calor insuportável. Na nossa sala de trabalho a temperatura chegou aos 33 graus.
A consequência disso é que um dos meus discos fritou. Não perdi trabalho mas era o disco em que estava instalado o sistema operativo, o que quer dizer que vai ser uma seca por tudo a funcionar outra vez.
Do que perdi, o que se torna mais problemático é o email. Foi todo ao ar.
Por isso, se não respondi a alguma coisa que alguém considerava importante, reenviem, please.

Às seis fui a uma loja de móveis, ver se a consola que tinham na montra cabia no meu hall de entrada.
Infelizmente é grande demais e um bocado cara. Porém, têm uma versão mais pequena e mais barata que é capaz de ficar bem ali.

Fomos também encomendar móveis para as varandas. Preciso de arrumação e esta é a solução mais eficaz. Mas ficou mais ou menos o dobro do que eu tinha previsto. Enfim. Vale a pena, apesar de doer um bocado.
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24 de Maio, sábado
Fomos ver o Matrix reloaded. Não achei muita piada ao princípio mas o resto do filme compensa.
O que não gostei foi a interacção social dos personagens. Aquela organização militar e os longos discursos moralistas, etc, perderam-me um bocado. Pareceram-me um bocado pateticos. Mas depois começa a ganhar velocidade e torna-se um filme divertido. Adorei a cena de luta com os diversos Mr. Smith.

À tarde arrumei, principalmente, e vi Buffy.

À noite o Pedro foi ver um jogo de futebol a casa dos pais e eu enfiei-me na banheira. Mas os banhos relaxantes nunca funcionam comigo. Passado um bocadinho começo a cantar e acabo por ter que ir buscar o gravador.
Meia hora depois estava sentada ao piano. Por mais que tente, não consigo ignorar. Especialmente quando são melodias. Quando são só palavras até deixo passar. As ideias ficam e acabo por escrevê-las mais tarde. Mas as melodias desaparecem. Não ficam na memória com a mesma presistência. Se não gravo, desaparecem. E até pode ser tudo uma grande porcaria, mas só sei quando ouvir novamente, passados uns dias, com alguma distância.
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25 de Maio, domingo
O Pedro passou grande parte do dia a recuperar o meu computador e eu estive a pintar a sala. Não toda a sala, apenas uma parede. Quando tiver paciência ponho aqui uma foto.
Ficou giro. É interessante como basta aplicar cor para a casa ficar um bocadinho mais com ar de capa de revista. Nada como maquilhagem :)

Por volta das 3 da tarde tive que parar por um bocado. Comecei a ficar tonta e lembrei-me que ainda não tinha comido.

À noite fartei-me de ver Buffy. Estava demasiado cansada para fazer alguma coisa de útil.
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26 de Maio, segunda
Logo de manhã cedo veio cá o Sr. dos armários tirar as medidas.

Depois fomos para o escritório mas infelizmente não tive muita coisa para fazer.
A meio da tarde para evitar a tendência zombiana do calor e inactividade, fomos tentar comprar estores para o escritório. Principalmente porque tem umas janelas com dois metros de altura e, quando começa a bater ali o sol a meio da tarde, frita-se lá dentro. Ainda estamos só em Maio e a temperatura média é acima dos 30 graus.

Encontrámos uns mais ou menos mas eram curtos e só havia um de cada cor, uns pequenos demais e uns perfeitos mas que custam os olhinhos.
O Pedro resolveu esperar até poder ir espreitar ao AKI e depois se vê.

Aproveitámos para fazer umas comprinhas e demos ainda um salto ao escritório - para ter a certeza que não havia novidades - antes de voltarmos para casa.

Comprei o novo expansion pack do Sims - já não jogo há imenso tempo - só que para o poder instalar passei duas horas a reinstalar o jogo desde o princípio. Como o disco fritou tenho que reinstalar mesmo aquelas coisas que se salvaram porque o sistema não reconhece que aquilo já lá está.
Acabei por não jogar.

Fui antes ver os Sopranos. Primeiro o episódio da semana passada e depois o de hoje, acompanhado de jantar.

E reparei que o Jones está maior.
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27 de Maio, terça
Tratei de uma série de coisinhas referentes à mudança, como descobrir como se paga o condomínio, e marquei finalmente a entrega da máquina de lavar loiça. Demorou um mês e esperei meia hora ao telefone. Se tudo correr bem, amanhã à hora de almoço já posso deixar de lavar loiça à mão. Ando com a pele toda seca e farto-me de gastar creme hidratante.

Tentei jogar um bocado de Sims, à noite, mas passou o tempo todo a crashar. Acabei por me fartar.
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28 de Maio, quarta
Vieram finalmente entregar a máquina da loiça. Já deu para ver que está a funcionar mas ainda não usei porque preciso de mais sal para fazer a primeira lavagem.

O meu pai faz anos hoje. Está em Melides com a minha mãe, de férias. Ainda se colocou a hipótese de irmos jantar com eles a Setúbal, mas como o meu irmão não pode ir, ficou adiado para domingo.

Ao fim do dia levámos a Scully e a Amarela para fazer a vacina. Demorámos um bocado na sala de espera mas depois foi rápido. E trouxemos também um anti-alérgico para a amarela que tem sempre os olhos a chorar.
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29 de Maio, quinta
Quando mudo o caixote dos gatos, o Jones não resiste e anda sempre a rndar. Desta vez resolveu usar o caixote mesmo antes de eu dar a tarefa por terminada.
A única vantagem é que reparei que está com umas fezes muito amarelas e tinha um bocadinho de sangue.
Liguei ao Pedro e levámos o gato ao vet.
Parece que não é grave - uma inflamação dos intestinos que até pode ser causada pelo stress da mudança de casa. Temos uma receita para lhe dar uns comprimidos durante 6 dias.
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30 de Maio, sexta

De manhã tive uma reunião em Lisboa para discutir umas maquetes. Demorou duas horas.
Depois passei na FNAC para comprar presentes de aniversário para os meus pais.

Voltámos a ir ao vet ao fim do dia.
Desta vez porque o Jones tem uma bola enorme junto à coluna e não conseguiamos perceber o que era aquilo. Pelo menos não lhe doi.
Enquanto passávamos uma bruta seca na sala de espera é que o Pedro se lembrou que aquilo é o sítio onde ele levou a injecção. Como foi um bocado à bruta porque ele estava em pânico, é natural que tenha falhado um bocado o sítio causando inflamação.
O Dr. Pedro confirmou que sim, deve ser isso, e que o facto de só ter aparecido uma semana depois é normal.
E deu-nos uns comprimidos mais fáceis de partir para a colite.
A única vantagem, no meio disto tudo é que, por qualquer razão, não quiseram que pagassemos estas consultas.
Sim, já vamos lá há muito tempo e o Jones veio de lá, mas mesmo assim é estranho. Mas muito simpático.

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31 de Maio, sábado

De manhã vieram novamente os homens que nos vão fazer as obras do gás. Acho que vai ser complicado, porque eles estão sempre super ocupados, mas disseram que era um trabalho relativamente simples - partir a parede numa manhã e mudar a canalização numa tarde. Agora o difícil vai ser eles arranjarem a manhã e a tarde disponíveis... Tenho a impressão que ainda vou esperar um bocado.

Durante a tarde, fartei-me de trabalhar. Andei a arrancar buchas das paredes, a tapar os buracos e a pintar. E estive a raspar a tinta da casa de naho que estava toda rachada. Mas é mesmo só por causa da humidade dos banhos porque o estuque está todo branquinho por baixo. Não que eu pensei que tivesse uma infiltração, mas nunca se sabe.
O Pedro montou 3 candeeiros. Agora só falta montar candeeiros no escritório e nas casas de banho.

Tenho montes de projectos para esta casa mas os fins de semana não dão para muito e, depois destes dias de trabalho intensivo, já não há paciência para pensar em pormenores.
Tenho que me convencer que sim, ainda falta muita coisa, mas é mesmo assim. Daqui a um ano talvez esteja tudo no sítio, mas até lá tenho de ter paciência.

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