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diário :: Julho 2002
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1 de Julho, segunda
E mais um mês que chegou ao fim...

Fomos para Setúbal porque supostamente tinhamos uma série de reuniões. Afinal duas das pessoas entraram e sairam muito rápidamente, a terceira não apareceu e a quarta chegou com meia hora de atraso, o que fez com que a reunião só terminasse às sete e tal.

Eu estive de volta do CD-Rom, que está quase pronto, mas ainda não terminei aquilo.
Amanhã tenho que finalizar a organização da contabilidade do trimestre porque esta semana só trabalho 3 dias:

Na quinta feira eu e o Pedro fazemos 4 anos de casados. E tirámos dois dias de férias para ir passar um fim de semana prolongado à beira da piscina, no terreno dos meus pais, perto de Grândola.

Quando finalmente chegámos a casa, eu estava a morrer de fome. Tratei de fazer uma torrada e beber um leitinho.
Só que agora já não me apetece jantar.
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2 de Julho, terça
Terminei a contabilidade, fiz mais uma actualização ao site da Serranofil, terminei o CD-Rom e comecei uns banners.

O meu irmão veio a Almada tratar de umas coisas da compra da casa e passou cá a tarde.

Passei a noite a fazer pequenas tarefas, como dobrar roupa, uma vez que o Pedro esteve quase a noite toda a trabalhar.
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3 de Julho, quarta
Terminei os banners e fiz a estrutura de um site.

Ao fim do dia fomos comprar comida para o fim de semana e terminei a arrumação do saco. Não levamos a casa toda, mas só porque não podemos :)
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4 de Julho, Quinta
Estou casada há 4 anos. Para festejar, tirámos dois dias de férias e resolvemos desaparecer.
Chegámos a Melides por volta das duas da tarde, depois de cerca de uma hora de viagem.

Largámos os sacos e fomos aproveitar o solinho.
O jardim está definitivamente a ganhar forma, apesar de ser praticamente impossivel manter aquilo verdinho. E o raio das ervas tendem a crescer por todo o lado.
Mas cá fora está-se bem.
Só não consegui foi entrar para dentro da água. A diferença de temperaturas interna e externa era demasiado grande.

Li um bocadinho, mas não tanto quanto estava à espera, e por volta das seis fui fazer a cama e ligar o vídeo.
Acabei por passar quase duas horas de volta daquilo - digam lá que isto não é típico de um cérebro masculino - mas consegui por aquilo a funcionar. Acho que o video não está bom. Já tem sei lá quantos anos e foi recentemente 'arranjados'. Sabemos perfeitamente que isso é um termo enganador para disfarçar o suganço de dinheiro a pessoas naifs.

Ou seja, consegui sintonizar as barras do vídeo, mas quando as desligava, em vez de imagem normal tinha uma coisa cinzenta com ondas.
Depois percebi que, se deixasse a cassete a correr, ao fim de 20 minutos a imagem voltava ao normal. Ou seja, o video precisa de 'aquecer' :)

Preparámos comida e vimos a Dharma e o primeiro episódio dos Sopranos.

Depois fui varrer as paredes e o tecto do quarto. O telhado não está isolado e entra montes de porcaria e insectos. De uma semana para a outra fica tudo um nojo. De um dia para o outro aparecem novas teias de aranha.
Eu que tenho uma verdadeira fobia a insectos, passo o tempo a controlar a comichão imaginária que sinto assim que entro naquela casa.
Dormir ali, então, é um autentico sacrifício. Estou constantemente a imaginar bichos a passear por cima de mim durante a noite.
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5 de Julho, Sexta
Foi uma noite horrível.
O Pedro não dormiu nada, entre insónias e alergias. Eu acordei às cinco da manhã com o galo dos vizinhos, que não se calou até às dez.

Definitivamente aqueles vizinhos estão um bocadinho perto demais. Destroi completamente a ilusão de isolamento.

Fomos apanhar sol e nadar um bocado.
Às quatro almoçámos e vimos mais um episódio dos Sopranos.
Quando iamos sair novamente, estava o vizinho de volta da piscina, a regar. Os meus pais esqueceram-se ligeiramente de nos avisar que era hábito. Mais um golpe na ilusão de privacidade.

Mas tudo bem, desapareceu depressa, enquanto eu estava a vestir o fato de banho e a preparar as coisas.

Por volta das sete e meia ainda ali estávamos. A essa hoar é que se está bem dentro de água porque já não está tanto calor lá fora. Mas está mais vento. O guarda-sol voou.
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6 de Julho, Sábado
Acordámos cedo e estava uma ventania desgraçada lá fora.
Só por volta da hora do almoço é que fomos para a piscina apanhar um bocado de sol.
E foi principalmente porque já não aguentava estar dentro de casa.

A casa é a pior parte daquilo tudo. Parece mais um armazém ou ferro velho. Está completamente atolada de tralha.
Por isso passo lá dentro o mínimo de tempo possível.

Por volta das cinco começou a ficar frio outra vez e decidimos voltar para casa.
Arrumámos tudo e viemos embora.
Já estava com saudades das gatas :)

Fomos jantar ao chinês - é o regresso à civilização.
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7 de Julho, Domingo
Não fiz nada hoje. Mas como estava com dores menstruais, não me conseguia mexer muito, mesmo que quisesse.

De manhã vi o Pearl Harbour. Tirando a história romântica, o filme até se safa mais ou menos bem até à cena do ataque. Mas depois disso ainda tem mais uma hora sobre um inconsequente borbardeamento a Toquio como sendo um acto muito corajoso, blah, blah, blah. E são todos heróis, etc. Ou seja, ignoram totalmente o lançamento da bomba atómica, por exemplo, que teve um impacto muito maior e que, apesar de ser uns anos depois, veio ainda do ódio contra os Japoneses.
É claro que isso foi uma desculpa para experimentarem o que é que aquilo fazia, mas mesmo assim, foi uma consequência de Pearl Harbour.
Só que se fossem por aí já não podiam terminar com aquela nota de que os americanos são uns herois. Enfim. Irritou-me um bocado, como todos os filmes que glorificam os militares e a guerra em geral.
Especialmente porque durante praticamente toda a 2ª Guerra Mundial os Americanos não quiseram ter nada a ver com o assunto e agora desatam a declarar guerra a toda a gente a torto e a direito e a meter o nariz onde não são chamados.
Um país com demasiado poder é um perigo.

Depois vi os últimos dois episódios dos Sopranos, um bocado do Matrix Revisited e fui alugar o The Others, que comecei a ver com o Pedro.
Seguidamente vi o The Gift (pela segunda vez) e fui para a cama.

Foi um dia efectivamente passado no sofá.
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8 de Julho, segunda
E cá estou eu, de volta ao trabalho.
Trabalhei numa maquete e fiz uns quantos banners.

Às 7 da tarde, tratei das plantas e arrumei a varanda da sala. Depois acabei de ler o 'Soul Music'.

Era suposto ir acabar de ver o 'The Others' mas o Pedro tinha uma maquete para terminar hoje e não deu. Vim antes tratar do site.
Estive de volta do Portfolio, para ver se termino a mudança, e a passar o java script para um ficheiro externo, para me dar menos trabalho quando quiser fazer alterações.

Agora são onze da noite. O Pedro ainda não acabou a maquete (e ainda tem que fazer o cartoon do Sapo a seguir), e eu cá estou a actualizar o diário.

Ando com vontade de escrever mais umas coisas (e passei finalmente as 'rants' para o menu principal) mas ainda não tive tempo.

Lá acabámos por ver o resto do filme, já bastante tarde. É muito giro. É um excelente exemplo de como ainda é possível fazer um bom thriller sem ser necessário recorrer a efeitos especiais. Boa iluminação, fotografia, montagem e bons actores, chegam perfeitamente. E consegue dar-nos suficientes hipóteses de resulução da história para nos manter na dúvida até quase ao fim.
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9 de Julho, terça
Fartei-me de trabalhar. Mas não foi mau.

À noite vi dois episódios da Dharma e o filme '15 minutes'. O argumento tem alguns buracos de lógica mas é um bom filme. Apesar de ser violento não tem nada demasiado óbvio ou nojento - visualmente, pelo menos.
O actor que faz de assassino checo lembrou-me bastante o Robert Carlyle.

Depois gritei com o Pedro porque ele não é capaz de largar o computador nem à uma da manhã e estivemos a discutir (eu grito e ele não diz nada) e a conversar (ele descarrega, eu oiço e declaro 'a realidade é esta...') até às 3 da manhã.
Acontece. Não consigo dormir sem resolver as coisas e ultimamente sinto que estou a viver com um zombie que vive exclusivamente para trabalhar.
A vida é curta e não há tempo para esperar que isto passe.
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10 de Julho, quarta
Mais um dia de trabalho intensivo, entre templates, contabilidade e imagens.

Às sete comecei a preparar-me para ir ao clube de vídeo entregar o filme mas só às oito é que consegui sair.

Tinha no telefone uma mensagem de um heavy breather. Mas aparentemente o tipo está um bocado afastado da realidade dos avanços tecnológicos e esqueceu-se que hoje em dia os telefones ficam com os números recebidos na memória.
Por isso, se alguém se quiser divertir com a sensual respiração ofegante do sr. Augusto do Entroncamento, aqui fica o número de telefone do pervertido: 249 726 658.
E que sirva de lição a quem estivesse tentado a fazer o mesmo.

Quando finalmente saí de casa, encontrei a minha mãe que esteve a fazer o seu serviço cívico de empatar o trânsito, ocupando uma faixa de rodagem enquanto conversava comigo pela janela do Jeep. Há alturas em que não compreendo como partilho estes genes...

Fui finalmente entregar o filme e dar a minha voltinha diária.
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11 de Julho, quinta
Foi um dia um bocado perdido.
Acordei o Pedro às nove para irmos para o escritório mas ele tem-se deitado tão tarde nas últimas duas ou três noites que ficou na cama.
Só chegámos já depois das onze.
Por um lado é a vantagem de uma empresa pequena. Não temos horários fixos. Mas eu não consigo evitar sentir-me mal. Mesmo ficando a trabalhar até mais tarde, o que tem acontecido diáriamente, sinto-me mal por chegar tarde.

Foi um dia pouco produtivo. Basicamente recortei imagens, que é o trabalho menos importante neste momento, mas como tivemos pessoas no escritório - reunião e limpeza - não conseguia fazer uma coisa que necessitasse me muita concentração porque as interrupções foram mais ou menos constantes.

À noite, jé em casa, ainda estive a organizar a contabilidade e mais uma série de documentos que era preciso arquivar.
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12 de Julho, sexta
De manhã terminei um template e à tarde comecei html para outro trabalho.
É só trabalho, o que é bom, e é todo com prazos super apertados, o que não é tão bom.

À hora de almoço fui buscar as fotos de NY que tinha posto a fazer já nem sei há quanto tempo. Tinha-me esquecido completamente e só me lembrei ontem. Não fizeram cópias de um dos rolos - disseram que estava estragado - e fizeram todas 10x15 em vez do formaro H, que era o que eu tinha pedido. Decididamente não há serviços de jeito no nosso país.

À noite estava um bocado deprimida. Acho que devido ao stress.
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13 de Julho, sábado
Eu e o Pedro ficámos a conversar até às quatro da manhã. De vez em quando é preciso por a conversa em dia.
Hoje acordámos ao meio dia.

Vimos mais uns episódios dos Sopranos e depois fui ler um bocado. Estou a ler o 'White Merc With Fins'. É muito giro. Especialmente recomendado àquelas pessoas à volta dos 30 anos que não são contabilistas :)

Tirei umas fotos com a máquina digital, comecei a colar as novas fotos de NY no álbum, mas fiquei sem cantinhos autocolantes. Vim jogar um bocadinho para o computador mas fartei-me depressa. Enfim, o costume.

Finalmente ganhei coragem e escrevi o texto sobre o ensino que me andava a sussurar há uns meses. É looooongo.
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14 de Julho, domingo
Terminei o White Merc. É muito giro.

Estive a jogar Sims durante um bocado. Usei pela primeira vez a cheat para ter mais dinheiro. Sempre fui contra porque o jogo até funciona bem e geralmente é só uma questão de paciência. Mas hoje não me apetecia jogar. Apetecia-me construir uma casa. É uma das features mais interessantes do jogo e não queria ter que esperar a tarde toda para conseguir construir uma parede.

Fomos jantar com a família do Pedro. Era frango, o que já me custa um bocado a comer. Mas até decidir definitivamente que deixo de comer carne não posso fazer fita nestas reuniões familiares. Nos restaurantes é diferente, tenho escolha. Mas em casa das pessoas não vou levantar problemas.
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15 de Julho, segunda
O trabalho foi bastante mas variado. Um bocadinho de cada coisa.
Mas só parei às onze e meia. Acho que exagerei ligeiramente.

A única vantagem é que depois estava acordada para ver os Sopranos. A série é realmente sensacional. Não estava à espera de gostar tanto.
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16 de Julho, terça
Hoje fartei-me de trabalhar e passei o dia em stress.
Trabalhar para control freaks nunca é bom mas ultimamente até tenho conseguido controlar mais ou menos as tendências homicidas. Mas hoje fui incapaz. O facto de ter todo o trabalho dos ultimos dias alterado e até completamente descartado, não ajuda. Sinto que estou a perder o meu tempo e que mais vale ir fazer outra coisa. Afinal, para que raio é que me devo estar sempre a chatear?
Mas sou incapaz de mandar tudo às urtigas. Tenho demasiado sentido de responsabilidade para o meu proprio bem.

Depois de cuspir um bocado do veneno, fui para a sala ver um filme. Vazar a cabeça durante duas horas é a única maneira de evitar sair de casa com um machado e ir matar alguém.
Vi o Priscilla. Funcionou. Não fiquei a 100% mas foi como tomar um analgésico. O que estava mal continua lá mas agora não se sente tanto.

Vi uns documentários da BBC e quando os Pedros chegaram do Kung-Fu (no qual não punham os pés há semanas, para não dizer meses), ficámos a conversar até quase à meia noite.

Fui tomar banho e estive a fazer algum exercício enquanto esperava pelos Sopranos que, felizmente, começou mais ou menos a horas. Foi um episódio muito giro. Acabou depressa demais.
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17 de Julho, quarta
Como ontem passei o dia em stress, hoje resolvi começar por tarefas menos cansativas.
Passei a manhã a recortar imagens e só à tarde é que fiz mais um template.

O Pedro passou a tarde enjoado. Esteve mesmo quase a vomitar umas quantas vezes, mas parece que acabou por passar.

Actualizei a wishlist mas nem tinha muita coisa par acrescentar. Foi mais porque gostei tanto de rever o Priscilla, ontem, que resolvi que tenho de comprar o DVD.
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21 de Julho, domingo
Tenho andado a jogar Sims. Mas não da maneira normal.
Resolvi que não quero saber das regras do jogo para nada e tenho andado a usar os cheats para construir casas. E só faço isso. Construo uma casa de cada estilo, com tudo.
Já tenho um castelo medieval, com torres, gárgulas e tudo, uma casa construída sobre estacas, e estou agora a fazer uma casa romana com piscina central, rodeada por colunas.
Enfim. Divirto-me.

À tarde vi um filme muito giro chamado At Sachem Farm. É já de 1998 mas só saiu em vídeo em Portugal agora. É típico.
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22 de Julho, segunda
Tive um sonho horrível, carregado de sentimentos de culpa e medos latentes. Definitivamente tenho que por mais um cobertor na cama.
Qual a ligação? Se não durmo tapada com qualquer coisa pesada tenho sonhos horríveis. Sinto-me demasiado desprotegida, pelos visto.
O que basicamente quer dizer que podem estar 40º lá fora e eu ainda durmo de edredon, tapada até às orelhas.

O trabalho começou bem, com alterações a um site que esteve parado algum tempo. Vamos lá ver se fica terminado brevemente. Mais tarde comecei novamente a entrar em stress. Parcialmente tinha razão, parcialmente estava descontrolada e mesmo que me quisesse acalmar não conseguia.
Às seis larguei tudo e fui-me vestir convenientemente. Tive um choque quando peguei numas daquelas calças que já não experimentava há algum tempo e vi que, em vez de estarem justinhas como de costume, estavam largas. E é suposto serem elásticas. Já não se pode confiar nos materiais.
Mas pronto. A dieta termina oficialmente na quinta feira e depois logo se vê.

Saímos às sete e fomos para Lisboa. Ccm trânsito, como sempre. Às oito estávamos a jantar, num restaurante da Av. da Liberdade e às nove chegámos à porta do Coliseu para ir ver o concerto dos Radiohead.
Acho que foi a primeira vez que gostei efectivamente de ir a um concerto. Normalmente gosto da música mas acho que o público se porta particularmente mal. Temos os que insistem fumar numa sala fechada, que é um desrespeito extremo por toda a gente, inclusive os tipos que estão no palco, temos os sofredores da primeira fila - aqueles que estão mesmo lá à frente mas passam o concerto de olhos fechados com a mão a tapar os olhos; depois já tive o azar de ficar ao lado do maníaco dançante, esse espécime convencido que é a única pessoa na sala e insiste em dançar de braços abertos mesmo no meio de uma multidão bastante apertada.
Depois há os sacanas que resolvem por as namoradas aos ombros, sem querem saber quem é que está por trás, os que desatam aos pulos quando já é suficientemente difícil uma pessoa manter-se em pé no meio da confusão da plateia, os gajos que só vão para lá fumar charros e passam o resto do concerto a olhar para o tecto (não percebo porque raio é que não ficam em casa a ouvir o disco. Ia dar ao mesmo). Enfim, a fauna de concerto foi uma coisa que aturei e detestei ao longo de 15 anos. No more!

Desta vez tinha bilhetes para o primeiro camarote, mesmo em cima do palco. Como eramos 5, passei quase o tempo todo de joelhos para os que estavam atrás de mim poderem ver bem, mas valeu a pena. Foi quase como estar no palco.
Imediatamente por baixo de mim estava o tipo que afinava as guitarras entre as músicas e tinha a songlist. A Carla ficou muito feliz quando verificou que iam mesmo tocar o Paranoid Andriod :)
Infelizmente, antes do concerto propriamnete dito, tivemos que aturar um tipo e dois computadores, que é uma espécie de low budget magic trick dos nossos dias. Só que em vez de tirar pombas da manga e ter uma assistente semi nua, mexia nuns botões e fazia uma chinfrineira insuportável. Como o nosso camarote tinha uma coluna (para compensar o facto de estarmos atrás das colunas normais) tivemos que ir lá para fora quando o tipo começou com os apitos e feedback.
As primeiras partes são sempre uma seca. Mas, pela primeira vez, tive opção - sair da li e mandar o tipo passear sem perder o lugar! Decididamente ando muito fina :)

O concerto propriamente dito, que só começou às dez e foi muito giro. O Thom Yorke tem realmente uma voz muito boa. Mas isso eu já previa. Especialmente devido à banda sonora do Velvet Goldmine em que soa tal e qual o Brian Ferry. Para conseguir mudar de voz daquela forma é porque não é o average rock star.
Toda a gente achou que eles pareciam muito novinhos. Tanto quanto sei têm todos mais de 30 mas sinceramente não parece.
Isso deu tema de discussão para o intervalo sobre como parece estranho quando os músicos das bandas que vamos ver em concerto começam a ser mais novos que nós :)
Apresentaram algumas músicas novas na primeira parte, e depois de um intervalo atacaram as músicas mais conhecidas, incidindo principalmente na mistura Kid A/Amnesiac. Tocaram uma das minha preferidas, que é a Pyramid Song. Aliás, gostei bastante das partes com piano. E muitas das músicas novas pareceram ir por esse caminho.

A terceira parte foi uma colecção de músicas mais antigas, e acabou. Penso que tocaram cerca de duas horas mas estivemos lá dentro 4 horas. Por isso pareceu pouco.
A Carla, a quem oferecemos o bilhete porque o pai do Pedro desistiu no último minuto, vai amanhã outra vez :)

Depois disto, demorámos uma hora a chegar à ponte. Para além das duas faixas fechadas por causa das obras, estavam montes de carros avariados no meio da estrada, a piorar mais ainda a situação.
Chegámos a casa por volta das duas e meia. Depois do banho, comemos umas sandes de ovo e vimos os Sopranos.
Estava na cama às 4 da manhã.
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23 de Julho, terça
Tive um dia calmo, a fazer recolha de sites. O que foi bom porque só tinha era vontade de voltar para a cama.

Hoje chegou o DVD do Billy Elliot. Estive a vê-lo à noite. É mesmo giro, o filme.
Decididamente a sensibilidade dos filmes ingleses é mesmo o meu estilo. Os filmes americanos parecem plásticos em comparação, exagerados. Os filmes franceses parecem também exagerados mas para o outro lado: em vez de pessoas vulgarem gostam mais de retratar pessoas estranhas, mais para o lado do freakshow. Não só pelo aspecto físico mas também pela exuberância das personalidades retratadas. O que numa história mais tipo conto de fadas como A Cidade das Crianças Perdidas, até fica bem, mas noutros filmes que pretendem ser histórias de pessoas normais, não funciona tão bem.

Enfim, chega de tratados de cinema. No fundo o que interessa é que cada vez que me arrisco a ver um daquelçes filmezinhos ingleses de que não sei bem se vou gostar, acabo por ficar agradavelmente surpreendida. o 'At Sachem Farm' foi outro desses.
É bom saber que há pessoas que ainda fazem filmes para pessoas como eu :)
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24 de Julho, quarta
Devido a uma discussão relacionada com o futuro site da Máquina, estive a ver uma série de sites giros.
Eles não gostam de pixelart, que nós achamos fabuloso. Há sites giríssimos à base das ilustrações feitas em bitmap mas aparentemente, para quem se concentra constantemente nas evoluções tecnológicas, o look 'retro' é apenas antiquado e memória de uma época em que não se fazia mais porque não dava.
Para contrariar essa ideia, aconselho visitas aos seguintes sites:

Netbaby - o site em si já não é inteiramente em pixel mas os jogos continuam a ser. É preciso fazer login para jogar mas isso é parte da piada porque podemos construir o nosso personagem (em bitmap), e os bonecos são giríssimos.

eboy - o site é feioso mas as ilustrações são sensacionais. Especialmente a cidade.

Tongsville - é o site de uma empresa que faz videoclips. Entre outras coisas, fizeram aquele video dos Blur com o pacote de leite. Basicamente é divertido passear pela cidade em bitmap. E se clicarmos nos bonequinhos, eles saltam :)

Agora digam-me lá que bitmap é feio e antiquado? Não gozem comigo!

Mas é claro que não se adapta a qualquer coisa. É mais para sites pessoais do que sites de empresas porque está logo ligado à ideia de jogos e bonecos.

E por hoje ficamos por aqui porque quero ir jantar.

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26 de Julho, sexta
Trabalhei até tarde. Comecei a fazer uma maquete e é o tipo de coisa que custa a largar.

Há uns dias o Pedro arranjou-me a pauta do Pyramid song' e tenho andado a aprender a tocá-la. É muito simples. O mais somplicado ainda é manter o ritmo enquanto se canta. Mas já consigo tocar aquilo relativamente bem. É mesmo gira para uma música só com 4 acordes.
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27 de Julho, sábado
Fomos almoçar com a família do Pedro a um restaurante chamado 'Mercado da Carne' na Ajuda. O nome do restaurante já é nojento, as ilustrações do menu, pior um pouco. Mas o bife era excelente. E como já não comia carne há algum tempo, soube bem.
Antes de voltar para casa fomos aos armazéns do Chiado. O Pedro encomendou lentes novas para os seus óculos escuros, porque saltou uma lasca a uma das lentes (enquanto ele estava a conduzir e entrou-lhe para o olho - os sacanas da Ray Ban deviam ser processados) e eu comprei umas coisa na Natura. Já não tinham uns candeeiros que eu queria comprar para o quarto mas paciência.

Na rua, tinham uma tipa brasileira aos pulos com música ensurdecedora. Não se conseguia fugir suficientemente depressa.
Que nojeira.
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28 de Julho, domingo
Acordei tarde. Demasiado tarde. Dormi demais.
Vi mais um bocadinho do 'Saboteur' do Hitchcock e depois fui comprar os ingredientes necessários para o almoço.
Continua um calor insuportável.
O pedro fez um esparguete à bolonhesa espectacular.

Fiquei extraordinariamente mole e fui para o quarto fazer companhia à Scully e ler um bocado. Acabei por adormecer.
Acordei com a minha mãe ao telefone.

Depois fui tocar durante um bocado. Estou a re-aprender o moonlight Sonata que aprendi com alguns erros. Acabei por ficar ao piano cerca de uma hora. Acho que finalmente ultrapassei algumas barreiras que me impediam de praticar mais de dez minutos de seguida. Comecei a tocar outra vez porque me apetece e não por sentimentos de obrigação. O que é optimo.
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29 de Julho, segunda
Comecei a semana cansada. Continuo a dormir mal e a ter sonhos perturbadores.
Passei o dia a fazer maquetes. Terminei a da sexta feira e comecei uma segunda versão.

Hoje começou no People & Arts uma mini série chamada Longitude. Achei gira. Vamos lá ver se consigo apanhar os 4 episódios.
A série já tinha dado uma carrada de vezes mas nunca consegui ver. Os horários não ajudam (duas da tarde e duas da manhã) e tenho que me lembrar de gravar.

A boa notícia é que uma das minhas plantinhas, um feto, estava a morrer e parece que a consegui salvar. Já tem oito rebentinhos novos :)

À noite estive a organizar o meu guarda-roupa.
Estou a pensar fazer um arquivo fotográfico dos vários outfits para não perder uma eternidade a decidir o que vou vestir de manhã.
Pode parecer uma extraordinária perda de tempo mas não só me diverte como é efectivamente prático.
Na verdade adorava ter um programa como a Cher do Clueless mas não estou a pensar em nada tão elaborado para começar.
Sò quero acabar com a história das camisolas que eu adoro e que ficam perdidas no fundo do armário durante anos e que já nem me lembro que tenho.
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30 de Julho, terça
Fomos para Setúbal. Dia de reuniões.
Não para mim, claro, que raramente participo nessas coisas. Só se tiverem relação directa com o meu trabalho.

Almocei uma reles sopinha de feijão verde e passei a tarde cheia de fome.

Só saímos do escritório às sete e a Patrícia e o Nelson ainda ficaram em reunião. Mas não tenho muita pena deles porque a culpa destas reuniões que nunca mais acabam é da Patrícia que faz um bocado de perguntas a mais. Chega a ter reuniões de 4 horas, o que não passa pela cabeça de ninguém.

Já consigo tocar e cantar o Pyramid song :)
Está na altura de passar para a música seguinte.
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31 de Julho, quarta
Passei a manhã a organizar papéis. Já se tinham acumulado montes de coisas no escritório.
À tarde fiz alterações a uma maquete, recortei imagens, e mais umas coisitas. Nada de novo.

À noite estive finalmente a responder a montes de mail em atraso.
Depois de passar um dia inteiro ao computador, a última coisa que me apetece é escrever mais mail. Mas como gosto de receber mail dos sites, de saber o que as pessoas pensam, também entendo que essas pessoas gostem de receber resposta. E por isso, mesmo que com grandes atrasos, tento responder.
A frustração é que há uma semana tive outra destas sessões de responder a mensagens em atraso e a maior parte voltou para trás. Depois do esforço de tentar dizer qualquer coisa mais interessante do que só 'obrigada pela visita', recebo o mail de volta. É irritante.
Mas enfim. Desta vez só aconteceu com uma das mensagens :)

Estive a ver o terceiro episódio da série 'Longitude' do Channel 4. É muito gira. Acaba amanhã.
Estive a tocar durante um bocado e depois estive a dobrar roupa e a ver o episódio de ontem dos Sopranos.
À meia noite fomos fazer o jantar. Andamos com os horários todos trocados.

O ponto alto do dia foi quando percebi que só faltam mais dois dias para entrar de férias. Finalmente!
Estou mesmo a precisar de descansar um bocado. A semana em NY foi só andar, aqueles 3 dias em Melides souberam a pouco, quero começar novamente a pensar nas músicas e para isso preciso de tempo.
^ Toue po