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diário :: Dezembro 2000
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1 de Dezembro, sexta
Logo de manhã fui para a sala comer, ver filmes e embrulhar prendas. A meio tive um pequeno ataque e mudei a sala. Ficou menos quadrada, tem melhor aspecto quando se entra e tem mais hipóteses para sentar. Já não é obrigatório ficar virado para a televisão ou para a janela. A chaise longue ficou onde estavam os sofás azuis e a àrvore de Natal está ao lado, junto à janela. O chão já está coberto de prendas. Custa a acreditar que ainda falta um mês.
O Pedro estava com umas das suas crises depressivas em que não me diz nada e desapareceu durante umas horas esta tarde. Nem sequer levou o telefone e eu fiquei a pensar que tinha ido só ao supermercado até perceber que já tinha passado mais de uma hora. Sinto-me sempre completamente inútil nestas situações e custa-me que ele não consiga confiar em mim, nem sequer para admitir que se passa qualquer coisa. Mas pronto, um tipo que cozinha e não bate na mulher nem anda a dormir com uma carrada de gajas tinha que ter qualquer coisa. Podia ser muito pior.
Estive a ver mais revistas de decoração e andei a fazer umas alterações mínimas aqui e ali. Fui entregar os filmes (Story of us e You've got mail) e deitar fora o lixo - incluindo montes de coisas que simplesmente me apeteceu deitar fora. Consegui não trazer mais nenhum filme porque quero fazer outras coisas este fim de semana. De qualquer forma, o que eu quero ver - Galaxy Quest - não estava lá.
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2 de Dezembro, sábado
Levantei-me por volta das dez e fui aos correios para enviar o pacote de Natal do Winfried. Comprei-lhe o novo cd da PJ Harvey que ele ainda não tinha. Depois acrescentei finalmente o disclaimer à minha página do Ralph Fiennes. Praticamente todos os dias recebo email para o raio do homem.
Não ando com paciência nenhuma para fazer updates.
Estive um bocado na sala a pintar as unhas e a ler bd com a Scully ao colo. Fiz chá de maçã e comecei a ver um filme no telecine, chamado Ice Man, daqueles muito credíveis em que eles conseguem descongelar e reavivar um homem pré-histórico. A meio fui estender roupa e perdi a catástrofe e só vi o fim que não fez muito sentido.
Eu e o Pedro fomos tentar tocar um bocadinho mas continua a existir um grande problema de comunicação e ele desistiu alegando dores no braço mas que pela conversa posterior se pode juntar alguma falta de interesse.
Por isso fui eu para o piano e estive a gravar bocadinhos, sequências que me parecem ter algum interesse e que posso depois usar. Quando comecei a tocar qualquer coisa que me lembra não sei muito bem o quê, desisti.
Fomos jantar e ver o primeiro episódio do x-files em DVD que o meu irmão nos emprestou, com as cenas extra. Acho que fizeram muito bem em cortar.
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3 de Dezembro, domingo
Acordei com uma grande vontade de gravar mais uma música. Primeiro estive a actualizar o site e o diário e depois fui ouvir as músicas que já estão gravadas e ver o que é que podia fazer. Uma delas estava quase: o piano estava gravado e faltava acrescentar uma batida e voz. Foi o que passei a tarde a fazer. Demorou mas acabou por ficar feito. É claro que eu nunca fico inteiramente satisfeita porque não tenho propriamente um estúdio mas acho que está audível.
Vou colocar a música on-line assim que o gridpoint estiver operacional (o meu irmão desliga o acesso aos sites para jogar Quake e às vezes esquece-se de voltar a ligar...)
Estará aqui e chama-se 1842. A próxima é o Rainy Days e espero conseguir gravar ainda esta semana.
Agora são 19.00h e estou cheia de fome. Há um bocado estive a provar umas gambas que o Pedro cozinhou e que estavam muito boas - é preciso ver que eu nem gosto muito de gambas, por isso isto é um elogio maior do que parece - mas não chegou para ficar sem fome. Só que vim gravar e acabei por não comer mais nada.
Está toda a gente em Londres este fim de semana (está bem, pronto, é só a Kat e os meus sogros, mas para mim é muita gente) e eu estou aqui a roer-me de inveja mas se fosse passear agora ficava sem dinheiro para prendas, por isso acho que tenho de me contentar com ir jogar Sherlock Holmes e fazer de conta que estou lá...
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4 de Dezembro, segunda
Hoje foi um dia estranho. Tive que voltar à McCann porque é oficialmente o meu último dia.
Pensei que ia só assinar o recibo de Novembro e eventualmente ter um almoço de despedida mas afinal acabei mesmo por ficar lá a trabalhar o dia todo porque eles tinham que me passar o cheque dos subsídios que ainda não tinham pago e fiquei à espera que aparecesse a pessoa que assina, etc e tal. Almocei lá e às cinco e meia despedi-me de toda a gente e saí pela última vez. Já não estava é com muita disposição para nada depois de mais um dia a batalhar com as coisas da Nestlé.
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5 de Dezembro, terça
Estive a tocar e a fazer uma nova maquete para o site da máquina porque de repente eles precisam daquilo pronto para poderem por anùncios de emprego.
Tive que sair para a aula de Formação Musical. Desta vez não consegui ter tudo certo no teste. No reconhecimento de acordes falhei dois. Mas o resto acho que está tudo bem por isso não é grave.
Quando saí da aula, em que ainda fiquei a conversar com a prof imenso tempo depois de ir toda a gente embora, fui comprar umas prendas para o Pedro. Espero que ele goste.
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6 de Dezembro, quarta
De manhã fui buscar uns filmes e ver móveis. Quando voltei para casa estive com o Pedro a decidir que móveis comprar e depois fui fazer o site da máquina. Terminei a maquete que tinha começado ontem e coloquei on-line para eles verem. Depois de ter aprovação comecei com o html. Ainda consegui acabar o index e começar uma página interior mas entretanto tive que ir para a aula de coro.
Estava a chover e não me apetecia muito sair de casa mas não consigo achar que chuva seja desculpa suficiente para faltar. Afinal não estava apenas a chover. Estava também um vento infernal e fiquei completamente encharcada.
O Pedro foi-me levar aos barcos e ficámos montes de tempo no trânsito para um percurso que se faz em 3 minutos, depois fecharam as portas de acesso ao barco assim que eu entrei na estação. Quando cheguei ao metro, estava tudo parado e tive que esperar um grande bocado. Só consegui chegar à Academia às seis e meia e isto depois de fintar não sei quantos vendedores de chapéus de chuva. Felizmente a aula ainda não tinha começado porque o prof também ficou preso no trânsito.
No final da aula (que tinha apenas dez pessoas) fugi para a casa de banho para fugir ao maluco e aproveitei para me secar um bocadinho antes de voltar ao temporal.
Entrar para o barco foi uma aventura porque as ondas chegavam à passadeira que une a estação ao sítio onde os barcos atracam mas não abanou muito (apesar de uma senhora que estava a falar ao telefone insistir que sim, isto está tudo a abanar).
Aparentemente tive imensa sorte porque fecharam os barcos pouco depois, e a ponte também.
Sequei-me e fui comer qualquer coisa e ver o Magnolia. O Pedro ficou muito deprimido e eu sinceramente não gostei muito do filme. Não tem nada a ver com aquela história das coincidências e isso serve apenas para contar umas historiazecas muito vulgaroides que já vimos em 500 outros filmes. Estava à espera que fosse muito mais inspirado.
Depois voltei para o computador e acabei mais uma página. Quando já não podia mais olhar parea aquilo preparei-me ara ir dormir mas acabei por ficar a ver o Seinfeld.
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7 de Dezembro, quinta
Acabei por não dormir esta noite. Fiquei a conversar com o Pedro até quase às sete da manhã. Por isso acordei ao meio dia, liguei à minha mãe a pedir uma receita e depois de algumas confusões saí. Fui buscar a receita e pirei-me para Lisboa.
Tive aula de piano e depois desci para a Baixa. Fui por um rolo de fotos a revelar, trocar uma das prendas que tinha comprado para o Paco e que a Joana lhe ofereceu entretanto e comprar mais umas coisas.
Voltei para casa e desta vez o barco já estava a abanar decentemente. Mas já não chovia por isso não teve o mesmo impacto.
Passei pela farmácia e vim para casa terminar o site da máquina. Coloquei a primeira parte on-line e fui comer porque foi uma coisa que me esqueci de fazer o resto do dia. Vi um filmezinho que acho que se chama hanging up e embrulhei prendas. Depois fui entregar os filmes e finalmente pus roupa a lavar e dobrei a que já estava seca.
Voltei para o computador e fiz o resto do html do site da máquina e coloquei on-line para eles verem. Agora já passa da uma da manhã e voltei a não estudar. Não se faz. Especialmente hoje que até estava com vontade.
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8 de Dezembro, sexta
Mais um feriado com almoço de família. Foi o almoço de aniversário da Marta com toda a gente. Ficámos até perto das cinco e depois voltámos ara casa com a esperança de ainda conseguir arrumar alguma coisa porque isto estava a confusão do costume.
Acabámos de ver o Galaxy Quest e eu ainda vi outro filme que não sei como é que se chama e senti-me completamente enganada. Estava catalogado como comédia e tinha na capa fotos da Gillian Anderson, Julianne Moore e John Cusack mas em vez disso é um drama - se assim se pode chamar - e os actores mencionados aparecem por dois minutos cada um, se tanto. Não é que o filme fosse muito mau mas acho este tipo de truque extraordinariamente baixo.
Enquanto via os filmes fui dobrando roupa e neste momento tenho dois cestos cheio de coisas para passar a ferro.
Fui entregar os filmes e depois sentei-me ao piano onde consegui ficar mais de uma hora e realmente a estudar as partes novas em vez do que costumo fazer que é tocar aquilo que já aprendi e tentar tocar sem enganos. Tenho que voltar a fazer a mesma coisa amanhã porque senão o trabalho de hoje torna-se inútil. No fundo é uma questõ de obrigar a cabeça a funcionar e memorizar os movimentos que os dedos têm de fazer para tocar uma peça. É muito mais trablaho mental do que físico, que é uma coisa que nunca considerei quando quis começar a tocar. Por isso é que não consigo estudar nada de jeito quando estou muito cansada. É preciso uma extraordinária dose de paciência. É semelhante a tentar decorar um discurso, por exemplo. Tem que se ir por partes e memorizar frase a frase. Só que o texto está escrito em código e são duas frases em simultâneo e os dedos têm de acertar exactamente no sítio certo.
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9 de Dezembro, sábado
Novo almoço de família. Desta vez em casa dos meus pais.
De manhã estive a tocar um bocado e depois vesti-me para sair enquanto esperava que o Pedro chegasse do Kung Fu. Como sempre, ele só chegou quando eu desisti e já me estava a dirigir para a paragem de autocarro mais próxima. Voltámos para casa para ele tomar um duche e mudar de roupa e fomos para o almoço onde já estava toda a gente farta de estar à espera.
Depois do almoço e de muita conversa, voltámos para casa e o meu irmão fez-nos companhia o resto do dia.
Fiquei um bocado aborrecida porque deram dois filmes no Telecine que eu quero gravar e os sacanas ainda não enviaram a revista de programação deste mês. Só espero que volte a dar...
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10 de Dezembro, domingo
Levantei-me tarde. Depois de vegetar um bocado na sala, instalei-me ao computador por volta das duas da tarde e fiquei até agora que è quase meia noite. Estive a gravar mais uma música e esta deu bastante mais trabalho que as anteriores.
A maior frustração é que ninguém liga nenhuma. Gostava que alguém se dignasse a dar a sua opinião mesmo que seja para dizer que está um nojo. Tenho que por os ficheiros no napster....
Foi, portanto, um dia muito pouco interessante. A parte melhor foi que já consigo tocar a primeira parte da peça do Galuppi que tenho de aprender para o exame. Também é muito fácil, por isso não admira.
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11 de Dezembro, segunda
Fomos encomendar as estantes. Só entregam no fim de Janeiro mas já está. Agora falta o resto. Tenho que dar uma volta esta semana a ver se decido de uma vez por todas o que vou comprar. Fartei-me do temporário.
Durante a tarde toquei e andei a fazer umas coisinhas nos meus sites. Á noite estive a ver bocados de um filme interrompidos com mensagens para o meu irmão. Não gosto nada daquilo. Detesto ter que estar à espera da mensagem seguinte.
Combinámos tentar ir ver o concerto dos Morcheeba - eu nem sabia que ia haver concerto - e fiquei de comprar os bilhetes amanhã.
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12 de Dezembro, terça
Tive um dia um bocado estúpido.
Acordei tarde e fui dobrar roupa para a sala e ver o Seinfeld. Depois ganhei coragem para sair. Ia comprar bilhetes para o concerto dos Morcheeba mas já estavam esgotados. Só podia.
Fui ver se por algum milagre a roupa que eu deixei para mudar fechos já estaria pronta mas claro que isso é esperar muito. Afinal, só passaram duas semanas... Estou a começar a ficar um bocado farta.
Aluguei um filme e voltei para casa. Estive a regravar uma das minhas músicas mas não consegui acabar porque tive que ir para a aula de formação musical. Não foi nada de interessante. Apenas correcção do teste que eu tive praticamente todo certo de qualquer forma. Se bem que continuo a não conseguir distinguir se um acorde é maior ou menor se for tocado muito agudo. Tenho que ir ver isso.
Depois fui comprar mais prendas, desta vez para a Kat que foi um amor e fez a lista do que quer - muito obrigada Kat! Eu estava completamente perdida!
Mesmo assim foi complicado porque tinha assinalado umas dez coisas e não havia uma série de coisas que eu acho que até são bastante normais. Mas pronto, até nem me saí mal.
Depois voltei para casa e estive a embrulhar prendas e a ver o Divorcing Jack. Gostei bastante. Não percebo é porque é que insistem em estragar os títulos dos filmes com as traduções. A este chamaram 'um caso de terrorismo', o que não tem nada a ver.
O Pedro chegou do Kung Fu e fez o jantar e voltei a ver o filme com ele. Depois programámos o vídeo para o Seinfeld e fomos dormir.
Entretanto, a música nova está aqui!
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13 de Dezembro, quarta
Tive um dia completamente vulgar. A aula de coro não foi na sala do costume porque estava ocupada para qualquer coisa. Em vez disso foi na biblioteca da escola que eu não conhecia. Foi uma aula divertida em que cantámos virados de lado uns para os outros e de costas para o centro, entre outras experiências. O meu maior problema nestas aulas é que nunca sei onde respirar e às vezes é mesmo só quando já estou a sufocar, o que faz desafinar ligeiramente porque já não consigo manter a nota completamente estável. Falta de treino.
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14 de Dezembro, quinta
Tive a última aula de piano deste ano. Tinha que me ir embora depressa mas a prof não se calava e acabei por só sair de lá às 4 da tarde.
Fui à Tom Tom Shop encomendar móveis que vão entregar na segunda feira e depois corri para casa. Bebi meio litro de água e fui fazer a ecografia. Parece que está tudo bem mas só me entregam o relatório para a semana.
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15 de Dezembro, sexta
Fui dar uma daquelas voltinhas rápidas que se transformam na tarde toda. Comprei um fecho para uma coisa que tinha posto a arranjar e fui entregá-lo. Como as outras coisas já estavam prontas, perguntei se ela conseguia tratar daquilo ainda hoje mas levei logo com a desculpa do 'isto ainda dá muito trabalho'. Disse-me para voltar mais logo. Tudo bem. Fui ao sapateiro e comprar umas camisolinhas coloridas porque só tenho roupa preta e já me está a fartar e voltei lá. Ainda não e tinha entretanto começado a tratar de umas coisas par outra senhora que pelos vistos era amiga. Típico. Fiquei ali especada durante mais de meia hora e a porcaria do fecho ficou posto em cinco minutos. É preciso ter lata. Acho que não volto lá tão cedo.
Aluguei o Double Jeopardy que acabou por ser uma grande lamechice mas eu nunca mais aprendo que não vale a pena alugar certos filmes.
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16 de Dezembro, sábado
Fomos novamente às compras. O Pedro ainda tinha muitas prendas para comprar e vomo anda sempre à procura do objecto ideal nunca se consegue decidir por nada. Mesmo assim ainda conseguimos comprar quase tudo.
Fomos lanchar à Haagen Dazs e depois voltámos par casa.
Passei a noite a embrulhar as prendas e a coser e dobrar roupa. Nada de muito emocionante.
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17 de Dezembro, domingo
Foi um dia estranho. Fomos almoçar com uns amigos dos meus sogros e do Pedro. Viveram na mesma casa quando o Pedro era pequeno e a Joana que é mais ou menos da nossa idade acabou por ser nossa colega na faculdade e acabou finalmente o curso a semana passada. Parabéns Joana!
A casa onde vivem agora é fabulosa. Era um prédio de 3 andares convertido numa só casa depois de dois anos de obras e muito dinheiro, obviamente. Não é qualquer pessoa que consegue fazer uma coisa daquelas. Mas a casa ficou linda. Tem uma escadaria com um corrimão de inspiração arte nova e um sótão muito espaçoso. Na cave que contém umas arrumações praticamente do tamanho do escritório do Pedro e uma garagem que dá para uma série de carros, montaram ainda um laboratório de fotografia.
Para além disso construiram uma biblioteca a sério, daquelas completamente forradas a madeira e com prateleiras até ao tecto e lareira. É mesmo daquelas casas que só se vê em revistas e duvidamos sempre se existem mesmo. As casas de banho então são o máximo. Completamente forradas a mármore, cada uma de uma cor diferente e a do primeiro andar (a das visitas) tem loiça do Stark, daquela inspirada nos baldes de madeira. Enfim, ninguém resistiu à pergunta da praxe 'então quanto é que querem por isto?' e depois regressánmos às nossas humildes casinhas.
Só não é irritante porque os donos da casa são pessoas muito simpáticas e nada afectados ou snobs como seria de esperar.
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18 de Dezembro, segunda
Vieram entregar os móveis logo de manhã. Os tipos eram mesmo aquilo que se podia esperar da Tom Tom Shop. Em vez de serem os típicos e abrutalhados carregadores de móveis, tinham antes um ar bastante geek, comprovado pelo comentário de um deles ao entrar na nossa sala 'olha o George', referindo-se, obviamente, ao poster do George Costanza.
Montaram aquilo muito rapidamente e depois eu passei o resto da manhã a arrumar a sala.
À tarde chegaram os sócios do Pedro e eu fui às compras. A ideia era ir só comprar umas pedrinhas e pózinhos coloridos para a decoração mas como não havia grande coisa acabei por vir carregada com pratos. Comprei uns que adoro mas que até agora nunca consegui encontrar mais do que um de cada: pretos, quadrados, com qualquer coisa de japonês.
Voltei para casa e estive a decorar a sala. O Pedro foi assinar o contrato do escritório e quando regressou fomo todos para Setúbal ver o escritório.
Não é tão grande como o Pedro tinha descrito. Na verdade não é mais que duas casas de uma assoalhada com kitchinete juntas. É claro que a vista parece fabulosa e foi de certeza isso que convenceu o Pedro, mas sinceramente não vale o que eles vão pagar de renda. Mas enfim. por enquanto serve perfeitamente.
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19 de Dezembro, terça
Levantei-me tarde e vi o Seinfeld.
Depois fui fazer o almoço - sapateira cozida - e almocei na mesa nova e sentada no chão. É muito agradável.
Depois preparei-me para sair. Fui à Academia onde tive a última aula do ano. A prof devolveu os testes e deu as notas. Já não me sino inteiramente integrada nestes processos... Vou ter 17 e tive 19 e 20 nos testes (fiz dois porque fui acidentalmente ao teste da outra turma).
Como estava a chover dignei-me a levar chapéu de chuva mas nem valeu muito a pena.
Apanhei mais um bocadinho de chuva no caminho para casa, jantei o resto do bicho do almoço e adormeci na sala a gravar Seinfelds. Estava quentinho porque liguei o aquecimento para secar a roupa que já não cabia na corda...
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20 de Dezembro, quarta
Acabei de gravar os episódios antigos do Seinfeld para a cassete correcta e depois fui ensacar as prendas para podermos levar as correspondentes para casa dos sogros antes do Natal - acho que todas juntas não cabiam no carro sequer.
Almoçámos e depois vim para o computador. Estava calmamente a actualizar o diário e o Pedro fez-me o favor de fazer disparar o quadro eléctrico com o ferro de engomar por isso perdi cerca de 3 ou 4 dias que não tinha gravado. Aquilo que está agora é um resumo porque não tive paciência nem fui capaz de escrever tudo de novo...
Entretanto o Pedro foi-se embora e eu estive a arrumar um bocado as minhas tralhas à volta do computador. Ainda enchi um saco de lixo.
Depois fui buscar a ecografia e a bota que estava a arranjar no sapateiro. A bota não ficou grande coisa mas a ecografia está normal. Não que tenham alguma relação entre si...
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21 de Dezembro, quinta
O Pedro foi para Setúbal logo de manhã para tratar das mudanças de fechadura e comprar móveis para o escritório. O meu irmão foi com ele para ver se aquilo dava para ligar os computadores todos, etc, e acabou por comprar uma aparelhagem.
Eu estive o dia todo a fazer scan de imgens para o meu site do Ewan e quandio me fartei fui tocar. Ando insistir na sonatina porque é relativamente simples e quero ver se acabo o primeiro andamento que ainda é relativamente grande.
Entretanto eles chegaram e pouco depois chegou a minha mãe e o Nelson. Eles os três foram para o Kung Fu e eu fiquei com a minha mãe que esteve a ver o resultado das análises. Está tudo ok mas preciso de me alimentar melhor :)
Fui comprar qualquer coisa para comer, e quando procurava qualquer coisa para ver na tv dei com um concerto dos Placebo no Sol Músia. Só consegui apanhar as 3 últimas músicas mas depois deram os videos todos por isso fiquei feliz. De qualquer forma, o concerto é daqueles gravado com os efeitos todos que eles conseguiram enfiar naquilo por isso torna-se bastante irritante de ver.
À noite vi o Patch Adams que não é mau mas também não é grande coisa.
A parte pior foi que estou com uma alergia qualquer. Estou completamente texturada, cheia de pontinhos vermelhos e não sei o que pode ter causado isto. Ainda pensei na sapateira mas já comi aquilo há dois dias e custa-me a acreditar que demorasse tanto tempo a fazer efeito. Tenho que comer aquilo outra vez daqui a uns tempos para ver se fico assim novamente.
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22 de Dezembro, sexta
Estive enfiada em casa outra vez e no final do dia estava a começar a ficar seriamente perturbada. Acabei a pintar as portas. Pelo menos fiz alguma coisa de útil. Mas ainda não ficou bem. Tenho que arranjar um rolo pequeno e dar mais uma camada para terminar. Fica para a semana...
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23 de Dezembro, sábado
Fui ter com a Carla ao princípio da tarde. Conversámos e trocámos prendas e ainda estive a cortar as unhas à Piaf que é um amor mas se tranforma em unhas e dentes se lhe tentamos pegar ao colo.
Por volta das cinco fui para a baixa comprar as últimas prendas e a Carla foi para casa dos pais.
Encontrei-me com o Pedro na Baixa e depois fomos ter com o meu irmão à Máquina.
Demos um pulinho à mercearia da esquina para comprar bebidas para o jantar e depois fomos para casa do Paco. Só passado muito tempo é que chegou mais alguém e só se começou a jantar já depois das nove e meia.
Como sempre estas coisas duram até às tantas mas nunca se dá por isso. Quando a Joana disse que já era uma e meia eu fiquei seriamente espantada porque a última vez que tinha olhado para o relógio eram onze horas. Só demonstra o sucesso destes jantares :)
Desta vez estava menos gente o que dá mais trabalho ao Paco e à Joana mas acaba por ser mais agradável porque dá para conversar com as pessoas em vez de estar toda a gente à cotovelada.
Foi uma noite agradável.
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24 de Dezembro, domingo
O dia 24 passou a ser, para nós, o verdadeiro dia de Natal.
Comecei por embrulhar as últimas coisas e depois não resisti a arrumar um bocado a casa antes de sair. Mudei o caixote dos gatos, pus a loiça na máquina e deitei montes de lixo fora. Só depois é que me fui vestir, o que num dia destes ainda demora um bocado, e depois saímos para fazer a distribuição inicial de prendas. Fomos largar parte dos sacos a casa dos meus sogros e seguimos para Palmela. O tempo não ajudou nada. Estava a chover bastante e não se via nada - em parte devido ao vidro que está cheio de resina que as árvores largam nos carros que se arriscam a estacionar por baixo delas.
Chegámos às seis e meia. O meu avô ainda estava a acabar de jantar e o bacalhau estava a ir para o forno.
Depois de uma discussão algo irrelevante sobre as eleições americanas, saímos finalmente. Levei uma taça de baba de camelo que estava particularmente líquida e tive que ir com muito cuidado para não entornar aquilo no carro todo. Quando chegámos a casa dos meus tios estava a chover novamente e apanhámos uma grande molha durante o transporte dos variados sacos e comida.
Depois foi o costume. Falar a toda a gente, cumprimentar as pessoas que ainda não conhecia, como o irmão da minha tia e respectiva família, levar um cumprimento algo agressivo da sogra do meu primo (deve-lhe ter ficado atravassado o facto de ter saído mais cedo do casamento da filha), enfim, aquela habitual mistura de coisas agradáveis e desagradáveis que formam as reuniões familiares. Desta vez colocaram diversos sacos em cima do piano para ter a certeza que eu não incomodava ninguém, por isso o resto da noite correu normalmente.
Jantámos e depois distribuímos as prendas. Desta vez a tarefa coube ao meu pai, vestido de Pai Natal para entreter a criança e cuja foto deverá estar disponível brevemente :)
Ficou tudo despachado às onze da noite, o que foi perfeito porque ainda tínhamos a segunda dose, que normalmente demora muito mais tempo.
Voltámos a enfiar-nos no carro e regressámos a Almada. Já estava toda a gente desesperada para começar e por isso passámos imediatamente à acção. O Pedro atirou-se às sandes.
Acabou a distribuição das prendas às 3 da manhã, ou seja, 3 horas depois de ter começado. Toda a gente se pirou muito rapidamente e eu estava completamente a morrer de sono e sem vontade nenhuma de carregar com aqueles sacos todos. Foram necessárias 3 viagens escada acima a cada um de nós para levar tudo para casa.
Deitámo-nos por volta das quatro da manhã. Acho que mesmo assim foi mais cedo do que no ano passado.
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25 de Dezembro, segunda
Comecei o dia a ver o Wilde. Gostei bastante. Acho que o Stephen Fry é extremamente convincente e faz-nos gostar do personagem. O Jude Law é um grande sacana como sempre e a Jennifer Ehle continua a ser uma das minhas atrizes preferidas. É daquelas pessoas que consegue transmitir uma série de sentimentos sem sequer abrir a boca.
O meu irmão passou cá a tarde. Esteve a jogar com o Pedro e eu aproveitei para arrumar a cofusão que era a minha sala, cheia de sacos de prendas. Consegui arrumar tudo, até os copos de cristal enquanto não decido o destino que vão ter.
Depois Estive a dar uma vista de olhos nos restantes DVDs e ao fim da tarde gravei o Jonathan Creek de Natal.
Depois disso eles os dois foram comprar comida e eu estive a por a mesa com a loiça oriental. Fica muito giro. Felizmente a toalha era de plástico porque a comida chinesa deita molho por tudo o que é sítio.
Vimos o Gladiator e devo dizer que é uma grande seca. As cenas de luta até têm a sua piada mas o filme está repleto de cenas lamechas e absolutamente dispensáveis. Como a hiostória continua bastante inexistente, podiam cortar muita coisa e fazer um filme mais curto e 'to the point'.
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26 de Dezembro, terça
Estive a ver o My Best Friend's Wedding logo de manhã. Experimentei a chaleira eléctrica que é muito rápida e o bule novo.
Depois puz o DVD do Prince só para ter ruído de fundo mas acabei por ficar a ver um bocado. Tem uma imagem espetacular. Estive ali um grande bocado de pé em frente à televisão como se estivesse no concerto :)
Depois fui tomar banho ao som da banda sonora do Velvet Goldmine e entretanto chegou o Pedro.
Passámos a tarde a jogar Monkey Island. É muito giro como sempre.
Ainda consegui lavar roupa mas com a chuva que está acho que vou ter que secar aquilo tudo no aquecedor...
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27 de Dezembro, quarta
Arrumei um bocado a casa, preparei roupa para lavar e jogámos Monkey Island. A Carla ligou a perguntar afinal como é que é a passagem de ano e quando eu lhe disse que se calhar já não era em Setúbal, ela começou a escapar-se. Por isso fui fazer umas sondagens e resolvemos fazer mesmo lá, mesmo que não vá mais ninguém. Tenho muita pena por causa do Paco que se calhar não pode ir por causa das crianças mas este ano quero escolher com quem estou em vez de ir para uma feste organizada por outras pessoas com montes de gente que não conheço.
Preparámo-nos para ir às compras porque não há nada para comer em casa, mas demorámos um bocado porque o Pedro esteve montes de tempo ao telefone a combinar coisas para domingo.
Estava mesmo a vestir o casaco quando chegou a minha mãe que veio descarregar o resto dos copos de cristal.
A minha mãe faz constantemente a mesma coisa. Há uma série de coisas que ela sempre considerou boas e sempre quis ter mas em vez de se contentar em ter essas coisas, insiste que eu as tenha também. Não lhe interessa mínimamente o que eu quero e recusa-se a ouvir quando lhe tento dizer. É exactamente o mesmo que falar com uma parede. Negação absoluta de tudo o que não lhe interesse ouvir. Aliás, por muito que goste da minha mãe, não posso negar que ela é um caso clássico de agressiva-passiva. Consegue sempre o que quer através deste esquema. Vai insistindo, sempre com um sorriso e nunca aceita 'não' como resposta. No final consegue sempre aquilo que queria, que neste caso foi inundar a minha casa com um serviço de copos de cristal, mas que no passado têm sido outras coisas utilizando a mesma técnica. É a única pessoa que me consegue obrigar a fazer qualquer coisa através de manipulação e sentimentos de culpa. Eu sei que é típico dos pais mas esperava que deixasse de funcionar quando saí de casa.
No entanto eu comecei a lutar de volta. Posso ter as coisas em casa mas não as uso. Muito pelo contrário, vou antes comprando aquilo que gosto e o resto fica a acumular pó. Não quero saber.
Fomos finalmente às compras. Continuo a resistir ao gelado.
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28 de Dezembro, quinta
Este dia começou logo mal. Ontem à noite deixei roupa a secar fora da varanda e acordei por volta das sete e meia com chuva. Vesti uma gabardina e puz um chapéu e fui tirar a roupa da corda. Já estava encharcada. Voltei para a cama.
Fomos incomodados às duas da tarde - altura em que estávamos a acordar :) - pelo vizinho do primeiro andar. Com as chuvas descobriu que as varandas estão a deixar entrar àgua e 'não pode ser nada, temos que mandar arranjar o prédio e quem não tem dinheiro que peça um empréstimo.'
Não suporto pessoas prepotentes. Especialmente porque a minha varanda está assim há anos e se eu lhe fosse com a mesma conversa ele vinha logo dizer 'nem pense nisso, então sabe quanto é que isso vai custar?'
Aliás, a vizinha do segundo andar anda há dois anos a tentar pintar o prédio e o tipo tem-se recusado sistemáticamente. Mas como agora é a casinha dele que tem qualquer coisa, já lhe interessa. Não só isso como agora quer obrigar mesmo a fazer a obra quer possamos ou não.
Por acaso é uma coisa que nós queremos fazer mas não consigo evitar a tentação de dizer que não só para contrariar o tipo. Se há coisas que não suporto é que me tentem dar ordens.
Passámos a tarde a jogar Monkey Island até nos fartarmos e eu continuei com esta raivinha a roer-me por dentro até que rebentou por volta das duas da manhã. Acho que se tivesse uma caçadeira tinha ido atrás do tipo...
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29 de Dezembro, sexta
Último dia útil do mês. Fomos tratar de coisas do condomínio logo de manhã, seguido de fechar a conta que eu tinha aberto para receber o vencimento da McCann e mais umas burocracias do tipo.
Passei a tarde a tentar secar uma montanha de roupa no secador e à noite o Pedro ofereceu-me uma mala para maquilhagem onde já cabe a tralha toda que eu tenho. Weee!
30 de Dezembro, sábado
Fomos levar cobertores e almofadas para o escritório para não ter que carregar tanta coisa amanhã. Depois passámos no Jumbo para comprar pratos, copos e talheres e mais uns comestíveis. Voltámos para casa onde eu finalmente consegui comer qualquer coisa e depois voltámos a ir às compras.
De volta a casa, eu fui para a cozinha onde estive a fazer bavaroise de ananás e uma adaptação de tarte de natas também com ananás.
Com uma dor de costas monstruosa de ter passado praticamente o dia todo de pé, fui-me sentar na sala a ver a BBC e a secar roupa no aquecedor.
Deu o Fast Show de Natal que conseguimos finalmente gravar.
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31 de Dezembro, domingo
Último dia do ano.
Vou refazer o site para o ano 2001, especialmente porque diário 2000 deixa de fazer sentido.
Na próxima actualização, o meu diário e a página pessoal vão ser a mesma coisa e vão poder aceder através do url www.dee-dee.net, que foi a prenda de natal do meu irmão.
Entretanto, estamos a preparar-nos para esta noite. O cheesecake não está a sair muito bem porque o Pedro esqueceu-se de baixar o forno e queimou a base mas havemos de lá chegar. Pelo menos comida não vai faltar.
Entretanto chegou a Carla e fomos ver o Wilde enquanto os dois Pedros continuaram com o Cheesecake.
Às oito da noite preparámo-nos para sair, o que não foi fácil considerando o número de sacos.
Chegámos lá pouco antes das nove e conseguimos levar tuda para cima intacto.
Pouco depois chegou o Nelson com mais comida. Jantámos e apesar de estar toda a gente algo esfomeada, sobrou mais de metade de tudo o que levámos. Depois sentámo-nos no cobertor a jogar uma espécie de Pictionary que foi apenas interrompido pelo facto de já ser meia noite.
Embrulhados em mantinhas fomos para a varanda e quando já estávamos quase a desistir, começou o fogo de artifício, perto do rio. Foi muito curto mas foi giro.
Voltámos ao jogo e depois de eu ficar em último lugar pela segunda vez consecutiva desistimos. Ficámos ainda a conversar até perto das cinco da manhã e depois arrumámos tudo e carregámos a tralha de volta para casa.
Ainda fiquei a falar com o Pedro até às seis e depois adormeci.
Não correu mal e o tempo passou bastante mais depressa do que eu estava á espera.
E pronto, bom ano para toda a gente.
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